De todos os diferentes tipos existentes de EPCs e EPIs no trabalho em altura, o ponto de ancoragem móvel é um dos recursos que mais se destacam na rotina brasileira, especialmente devido à sua versatilidade e facilidade de uso. Em conjunto à linha de vida – que, por sua vez, também abrange uma variedade de modelos específicos – ele cria um sistema de proteção indispensável para qualquer atividade acima de dois metros do solo onde haja risco relevante de queda.
Continue comigo para descobrir do que esse equipamento se trata, como é usado e onde você pode adquirí-lo para um próximo projeto.
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O que é um ponto de ancoragem móvel?
O ponto de ancoragem móvel é um dispositivo temporário ou portátil de fixação usado para prender sistemas de proteção individual contra quedas, como linhas de vida, talabartes e trava-quedas. Ele se diferencia do ponto de ancoragem fixo por poder ser instalado, removido e reposicionado conforme a necessidade da obra ou da manutenção em andamento.

Na prática, é como se fosse um “ponto de segurança sob demanda”: o trabalhador pode se conectar a ele em diferentes locais da estrutura, garantindo mobilidade sem abrir mão da proteção.
Esse tipo de ancoragem é amplamente usado em:
- Construção civil (escoramentos, armações, telhados, fachadas, estruturas metálicas)
- Indústrias (torres, silos, tanques, linhas de produção em altura)
- Serviços de manutenção predial (limpeza de fachadas, instalações elétricas e hidráulicas, reformas)
- Espaços confinados onde há necessidade de resgate vertical
Abaixo, preparei uma tabela comparando o ponto de ancoragem móvel aos seus semelhantes (e como eles interagem entre si):
Tipo de ancoragem | Características principais | Vantagens | Limitações |
Móvel (temporária/portátil) | Dispositivo removível, reposicionável, fixado em vigas, telhados, estruturas metálicas ou concreto. | Versatilidade, menor custo de instalação, reutilizável em diferentes pontos. | Depende da resistência da estrutura, exige inspeção criteriosa antes de cada uso. |
Fixa (permanente) | Instalada de forma definitiva na estrutura, geralmente projetada já na fase de obra. | Alta confiabilidade, sempre disponível no mesmo ponto, atende grandes cargas. | Custo maior, exige projeto estrutural e instalação especializada. |
Linha de vida (horizontal/vertical) | Sistema contínuo compatível com os pontos de ancoragem que permite deslocamento com trava-quedas. | Proporciona grande mobilidade, reduz necessidade de múltiplas ancoragens. | Custo mais elevado, demanda cálculo técnico preciso e espaço para instalação. |
A importância de utilizar o tipo de ponto de ancoragem correto
É verdade o que dizem: o trabalho em altura é uma das atividades com maior índice de acidentes no Brasil. Segundo um relatório com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aproximadamente 40% dos acidentes de trabalho no Brasil estão relacionados a quedas de trabalhadores em altura ou diferença de nível – a maioria relacionada à construção civil. E mais: dentro do setor, 39.3% das mortes são causadas por quedas.

Isso mostra que escolher e instalar corretamente os sistemas de ancoragem não é apenas uma medida preventiva, mas uma questão de vida ou morte.
Além disso, claro, existe a questão legal da coisa. No Brasil, os principais referenciais normativos são:
- NR-35 (Trabalho em Altura): estabelece requisitos mínimos para organização, planejamento e execução de atividades acima de 2 m. Determina que todo sistema de proteção contra quedas deve contar com pontos de ancoragem adequados.
- NBR 16325-1 e NBR 16325-2 (Dispositivos de Ancoragem): normatizam o desempenho, ensaio e requisitos de resistência para pontos de ancoragem fixos e móveis.
- NR-18 (Condições de Segurança na Indústria da Construção): reforça a obrigação de proteção coletiva e individual em obras.
Estar em conformidade com essas normas não apenas evita multas e embargos de obra, mas sobretudo garante a integridade física dos trabalhadores.
Em resumo: cada obra, reforma ou manutenção tem um tipo de ancoragem mais indicado. Ignorar essa especificidade é arriscar a vida de profissionais e a responsabilidade jurídica da empresa.
Como utilizar o ponto de ancoragem móvel no seu sistema de proteção

O uso correto de um ponto de ancoragem móvel exige planejamento técnico e a participação de profissionais capacitados. Veja a seguir os passos essenciais, disponibilizados aqui em uma abordagem geral para lhe servir de referência:
Análise prévia da estrutura
- Avaliar a resistência do elemento estrutural onde o dispositivo será instalado.
- Confirmar se a estrutura pode suportar, no mínimo, 15 kN (≈ 1.500 kgf), conforme previsto nas normas brasileiras.
Escolha do dispositivo adequado
- Selecionar o modelo correto (gancho para telhado, ancoragem de viga, cinta de ancoragem, tripé para espaço confinado etc.) de acordo com o ambiente de trabalho.
Instalação profissional
- O dispositivo deve ser posicionado de modo a minimizar o fator de queda e o efeito “pêndulo”.
- A fixação deve ser feita por profissional qualificado, seguindo as recomendações do fabricante e normas aplicáveis.
Uso em conjunto com EPIs adequados
- Sempre conectar talabarte com absorvedor de energia ou trava-quedas à ancoragem.
- Verificar se a linha de vida ou cinto estão certificados e em boas condições.
Inspeção periódica
- Antes de cada uso: verificar desgaste, deformações ou sinais de corrosão.
- Após qualquer queda: substituir imediatamente o equipamento.
Leia tudo sobre a inspeção periódica neste outro guia.
Treinamento dos trabalhadores
- Entre outras coisas, o usuário deve saber avaliar a resistência da estrutura, conectar o equipamento corretamente e respeitar o espaço livre de queda. Isso se aprende em treinamentos obrigatórios, como você pode ler aqui.
Como já deve perceber, instalar e usar um ponto de ancoragem móvel não é apenas “colocar e prender”. Todo o processo requer cálculos, escolha de dispositivo adequado, análise de risco e acompanhamento técnico. Por isso, contar com uma empresa especializada é sempre o caminho mais seguro e eficiente – e é aqui que a Mostaza entra como parceira ideal.
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