No Brasil, o trabalho em altura é regulado por um conjunto de normas conhecidas como Normas Regulamentadoras (NRS), que estabelecem desde princípios até critérios para qualquer atividade acima de dois metros. com destaque especial para a NR-35 e, falando especificamente de canteiros de obras a céu aberto, a NR-18. Dentre as regras básicas para o exercício da atividade está a inspeção anual no ponto de ancoragem, que é uma medida obrigatória para verificar a integridade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e do sistema de linha de vida.
Mas como isso funciona, afinal? Venha comigo descobrir os detalhes técnicos e legais por trás desse procedimento – e como a equipe aqui da Mostaza Ancoragem pode ajudá-lo no seu próximo projeto.
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O que é a inspeção anual no ponto de ancoragem?
A inspeção anual no ponto de ancoragem é um procedimento obrigatório para avaliar a integridade física e documental dos dispositivos de ancoragem utilizados em linhas de vida. Esse processo garante que os pontos de ancoragem estejam seguros e em conformidade com as normas técnicas aplicáveis, como a NR 35, a NR 18 e a NBR 16325.
Veja um pouco sobre cada uma delas:
- NR 35 (Trabalho em Altura): Exige que todo sistema de proteção contra quedas seja inspecionado regularmente e mantido em condições seguras, garantindo a integridade dos dispositivos de ancoragem, cabos de aço e demais componentes.
- NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção): Determina os requisitos para pontos de ancoragem utilizados na construção civil, exigindo que sejam projetados, instalados e identificados corretamente, com informações como capacidade de carga e rastreabilidade.
- NBR 16325 (Norma Brasileira para Dispositivos de Ancoragem): Define as especificações técnicas para pontos de ancoragem no Brasil, incluindo tipos de ancoragem, materiais permitidos, métodos de instalação e ensaios de resistência, garantindo que os sistemas suportem os esforços exigidos.
Fundamental para garantir que os trabalhadores que utilizam a linha de vida estejam seguros ao realizar atividades em altura, a inspeção deve ser feita através de check-list referente a integridade física do sistema e check-list referente ao documental, analisando o atendimento mínimo às normas vigentes aplicáveis
Mas não é só isso: se a inspeção não for feita, a empresa responsável pode perder a garantia do sistema e expor seus funcionários a riscos graves, provenientes de acidentes facilmente evitáveis. Penalizações e multas também estão em jogo aqui – incluindo a responsabilidade civil e criminal.
O que deve ser analisado na inspeção anual no ponto de ancoragem?
Apesar da sua periodicidade, essa inspeção é fundamental para o cotidiano dos trabalhadores, garantindo que a linha de vida de um projeto (seja essa fixa ou móvel) esteja estável e segura para suportar o movimento e o peso de pessoas e objetos em sua estrutura. Nessa história, é importante dar destaque para alguns componentes específicos, tais quais separei abaixo.
Estrutura e fixação
- Estado das ancoragens e pontos de fixação;
- Tipo de chumbadores utilizados (barras roscadas M12 são recomendadas, enquanto parabolts podem ser inadequados em ambientes sujeitos a vibração);
- Presença de corrosão ou fissuras nas superfícies de apoio.
Cabos de aço e conectores
- Presença de desgastes, corrosão ou fissuras;
- Deformidades como “gaiola de passarinho” ou “alma saltada”, que comprometem a resistência;
- Verificação da integridade dos esticadores e conectores.
Absorvedores de energia
Os absorvedores de energia devem ser certificados e dimensionados corretamente. Algumas peças no mercado apresentam marcação de 1.500 kgf, mas testes demonstram que podem atingir até 3.000 kgf em determinadas condições de queda. Isso pode gerar riscos adicionais e comprometer a segurança dos trabalhadores. Recomenda-se sempre verificar se os equipamentos seguem as especificações da EN 795 e da NBR 16325.
Conclusão
Em suma, pode-se dizer que os pontos principais dessa análise incluem:
- Presença de fissuras, oxidações, trincas ou torções;
- Compatibilidade da ancoragem com a estrutura onde está fixada;
- Se há gravações obrigatórias, como CNPJ do fabricante, capacidade de carga, tipo de material e rastreabilidade;
- Verificação do tipo de fixação (se respeita os critérios da norma);
- Checagem do memorial descritivo da inspeção;
- Se há atestados de conformidade e certificados de ensaio;
- Avaliação se o ponto de ancoragem foi projetado e instalado conforme as normas aplicáveis.
Após a inspeção anual no ponto de ancoragem, a linha de vida e seus sistemas de ancoragem podem ser classificados em uma das seguintes categorias:
- Aprovada: O sistema está em perfeito estado e pode continuar em uso.
- Quarentena: Pequenos ajustes ou manutenções são necessários antes da reativação.
- Reprovada: O sistema apresenta falhas graves e não pode ser utilizado até que seja substituído ou reparado.
Dito isso, para garantir uma avaliação correta, somente empresas especializadas ou profissionais capacitados – como eu e meus colegas da Mostaza Ancoragem – devem realizar essa inspeção e emitir o laudo técnico correspondente, de modo que o projeto esteja em conformidade com a lei e, claro, evite problemas com a justiça e, pior ainda, a fatalidade de seus trabalhadores.
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Nossa atuação abrange diversos serviços, incluindo instalação de sistemas de ancoragem, resgates, manutenções em altura e até a realização de treinamentos de segurança. A Mostaza Ancoragem segue à risca as normas regulamentadoras, como a NR-35, garantindo não apenas a conformidade legal como também a implementação das melhores práticas de segurança e eficiência.
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