O talabarte é a ponte entre o trabalhador e sua segurança: o elo que conecta o cinturão de segurança tipo paraquedista ao ponto de ancoragem, evitando que uma simples perda de equilíbrio se transforme em um acidente grave. Mesmo sendo um dos componentes mais importantes de qualquer sistema de proteção contra quedas, ele também é um dos mais incompreendidos
Isso se dá porque o talabarte vai muito além de uma fita ou corda com ganchos. Ele faz parte de um sistema completo de proteção individual contra quedas (SPIQ), e seu uso deve respeitar normas técnicas específicas, que definem dimensões, ensaios, absorvedores de energia e compatibilidade entre componentes.
Hoje, qualquer profissional que execute atividades acima de 2 m do nível inferior – ou seja, dentro do que a NR-35 classifica como trabalho em altura – precisa entender como o talabarte funciona, quais os tipos disponíveis e como escolher o modelo certo para cada situação.
Portanto, continue comigo para ver o que é talabarte, bem como o jeito que esse equipamento funciona na prática!
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O que é talabarte: conheça as principais funções e normas que o regulam
O talabarte tem duas funções essenciais: retenção de queda e posicionamento.
Na retenção, ele atua junto ao cinturão e ao absorvedor de energia para interromper uma queda de maneira controlada, limitando a força de impacto transmitida ao corpo do trabalhador. Já no posicionamento, ele serve para estabilizar o profissional, permitindo o uso das mãos de forma segura – por exemplo, durante uma instalação ou manutenção em fachada.
O talabarte é considerado um Equipamento de Proteção Individual (EPI) quando destinado à retenção de quedas, conforme o Anexo I da NR 6. Contudo, o talabarte em si não é um EPI isolado, pois não possui Certificado de Aprovação (CA) próprio. O CA é emitido para o cinturão tipo paraquedista – e o talabarte é considerado um componente do sistema de proteção, cuja segurança depende da compatibilidade entre todos os elementos.

As principais normas que regulamentam o talabarte incluem:
- NR-35 (Trabalho em Altura): estabelece as exigências gerais de segurança, treinamento e uso dos sistemas de ancoragem e proteção individual contra quedas;
- Portaria SEPRT nº 11.347/2020: obriga o uso de absorvedor de energia em todos os talabartes destinados à retenção de queda;
- ABNT NBR 16489: define os requisitos de seleção, uso e manutenção de sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalho em altura;
- ABNT NBR 14629: descreve o método de ensaio e os critérios de desempenho dos talabartes com absorvedor de energia;
- ABNT NBR 15837: estabelece as classificações, resistência e critérios técnicos dos conectores (mosquetões) usados nesses equipamentos.
Essas normas (idealmente) garantem que o talabarte desempenhe sua função de forma confiável, reduzindo as forças geradas em uma queda e assegurando que cada componente do sistema trabalhe em harmonia.
Os tipos de talabarte para trabalho em altura
Existem diversos tipos de talabarte, cada um indicado para uma situação específica. O erro mais comum no canteiro de obras é usar o modelo errado – algo que pode comprometer todo o seu sistema de segurança. Veja só:
Talabarte simples (ou único)
É o modelo mais básico. Com um único gancho e absorvedor de energia integrado, ele é indicado para atividades em que o trabalhador permanece em um ponto fixo ou tem pouca mobilidade. Ideal para serviços pontuais em telhados, torres e plataformas, quando não há necessidade de alternar pontos de ancoragem.
Talabarte duplo em Y
O mais versátil e amplamente utilizado. Possui duas pernas conectadas ao cinturão, com absorvedor de energia integrado, permitindo que o trabalhador se movimente horizontal ou verticalmente sem nunca ficar desacoplado – enquanto uma perna é conectada, a outra é trocada de ponto. É obrigatório para trabalhos em andaimes, estruturas metálicas e linhas de vida.
Talabarte de posicionamento
Usado para manter o trabalhador estável em determinada posição, deixando as mãos livres para execução de tarefas. Não deve ser utilizado isoladamente para retenção de queda, pois não possui absorvedor de energia, e deve sempre ser combinado com outro sistema de retenção, como um trava-quedas.
Talabarte ajustável
Esse aqui permite regular o comprimento conforme a distância entre os pontos de ancoragem. É usado em atividades específicas, como manutenção de torres, postes e tirolesas – e não é indicado como sistema principal de retenção de queda.
Talabarte de retenção com absorvedor de energia
Por fim, o modelo obrigatório para qualquer atividade em altura com risco de queda livre. O absorvedor de energia reduz a força de impacto transmitida ao corpo para menos de 6 kN, conforme exigido pela NBR 14629. Leia mais sobre isso bem aqui.

Uma tabela comparativa
| Tipo de Talabarte | Possui absorvedor de energia | Indicação principal | Mobilidade | Pode ser usado para retenção de queda? |
| Simples | ✅ Sim | Trabalhos fixos em um único ponto | Baixa | Sim |
| Duplo em Y | ✅ Sim | Deslocamentos verticais e horizontais | Alta | Sim |
| De posicionamento | ❌ Não | Estabilização e apoio | Média | Não |
| Ajustável | Opcional | Atividades especiais (postes, torres, tirolesas) | Alta | Parcial (depende do modelo) |
| De retenção com absorvedor | ✅ Sim (obrigatório) | Retenção de quedas em geral | Média | Sim |
Como usar o talabarte no trabalho em altura
Usar o talabarte corretamente é tão importante quanto escolher o modelo certo – uma vez que um simples erro de conexão pode anular toda a proteção do sistema. Os erros mais comuns incluem:
- Usar talabarte sem absorvedor em atividades com risco de queda livre – o impacto pode ultrapassar 6 kN, excedendo o limite suportável pelo corpo humano;
- Misturar marcas diferentes de cinturão e talabarte – a incompatibilidade entre fabricantes pode invalidar os testes de resistência;
- Usar talabarte de posicionamento como sistema de retenção, o que é proibido;
- Trabalhar com talabarte danificado ou com absorvedor já acionado;
- Desconectar as duas pernas do talabarte duplo simultaneamente, deixando o trabalhador sem ancoragem.
Para evitar essas situações, é necessário instalá-lo da forma correta:
- Inspecione o equipamento antes de usar – verifique costuras, fitas, conectores e o estado do absorvedor de energia.
- Conecte o talabarte ao ponto de ancoragem certificado, garantindo que o conector esteja totalmente travado.
- Fixe o outro extremo ao cinturão tipo paraquedista no ponto dorsal ou peitoral indicado pelo fabricante.
- Nunca use o talabarte como extensor ou adaptador de outros dispositivos.
- Mantenha sempre um ponto de ancoragem ativo – especialmente no caso de talabartes duplos.
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