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Corda para trabalho em altura: qual é o tipo correto?

Corda para trabalho em altura: qual é o tipo correto?

A corda para trabalho em altura é um dos equipamentos de proteção individual (EPIs) essenciais para as atividades exercidas acima de dois metros, conforme a Norma Regulamentadora 35 (NR 35). Criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, ela estabelece diretrizes essenciais para que o cotidiano de canteiros de obras esteja nos parâmetros certos de segurança entre todos os colaboradores, minimizando o risco de acidentes graves e/ou fatais.

Continue aqui comigo para descobrir as especificações técnicas e legais envolvendo a corda para trabalho em altura – e como aplicá-la do jeito certo!

Leia também: Como funciona a inspeção anual no ponto de ancoragem?

Qual é o tipo certo de corda para trabalho em altura?

A corda de segurança é um equipamento fundamental para o trabalho em altura, sendo utilizada para ancoragem, posicionamento da linha de vida e movimentação vertical de trabalhadores quando não há necessidade para o cabo de aço.

Enquanto a corda é usada diretamente para acesso por corda e segurança do trabalhador, como no uso de trava-quedas e linhas de vida flexíveis, o cabo de aço é geralmente empregado em linhas de vida fixas, sistemas de ancoragem e pontos de sustentação para cargas extremamente pesadas, onde a resistência mecânica é prioridade.

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A corda de segurança está disponível em diversos modelos – e a escolha ideal para o seu projeto deve se atentar às seguintes normas técnicas:

  • NBR 15986: Especifica os requisitos de cordas semi-estáticas para trabalho em altura.
  • NBR 15475: Define os procedimentos e requisitos para acesso por cordas.
  • NR 35: Estabelece as diretrizes para segurança no trabalho em altura, exigindo que os equipamentos atendam às normas técnicas aplicáveis.
  • NR 18: Regula as condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, incluindo requisitos para uso de cabos e sistemas de segurança.

Cordas com diâmetros entre 10 mm e 13 mm são as mais utilizadas no trabalho em altura, sendo que diâmetros menores oferecem mais flexibilidade, enquanto diâmetros maiores garantem maior resistência. Dito isso, a seleção da corda adequada depende do tipo de atividade, da carga aplicada e das exigências normativas.

Para colocar isso em perspectiva, vamos dar uma olhada em dois exemplos comuns:

Corda semi-estática

A corda semi-estática é amplamente utilizada no trabalho em altura devido à sua baixa elasticidade e oferece maior controle e estabilidade ao trabalhador. Esse tipo de corda é indicado para:

  • Acesso por corda (técnica de escalada industrial);
  • Resgates em altura;
  • Trabalhos em fachadas e estruturas elevadas.

Ela deve atender à NBR 15986, que especifica os requisitos de resistência, composição e desempenho para cordas utilizadas nesse tipo de atividade. A elasticidade da corda semi-estática normalmente varia entre 2% e 5% sob carga normal.

Corda dinâmica (elástica)

A corda dinâmica, por outro lado, é projetada para absorver melhor os impactos de queda, sendo mais utilizada em atividades como escalada esportiva e resgates onde há risco de quedas longas. Sua elasticidade pode variar entre 7% e 10% sob carga normal e chegar a 40% ou mais em caso de quedas severas.

Embora seja menos comum no trabalho em altura industrial, a corda dinâmica pode ser usada em situações específicas onde a absorção de impacto seja necessária para proteger o trabalhador.

Corda para trabalho em altura: qual é o tipo correto?

Como instalar a corda para trabalho em altura em 6 passos

A instalação correta da corda para trabalho em altura pode variar de acordo com o tipo de atividade e ambiente, mas segue um passo a passo geral. Coloquei-os abaixo em 6 passos!

1. Escolher um ponto de ancoragem seguro

  • O ponto de ancoragem deve suportar, no mínimo, 15 kN (aproximadamente 1.500 kgf), conforme as normas de segurança.
  • Deve estar fixado em uma estrutura sólida, como vigas metálicas, ancoragens químicas ou olhais de ancoragem certificados.
  • Verifique se há certificação do ponto de ancoragem ou utilize ancoragens temporárias homologadas.

2. Selecionar e verificar a corda

  • Escolha a corda adequada para a atividade (semi-estática para trabalho industrial e dinâmica para resgates específicos).
  • Verifique sinais de desgaste, cortes, abrasão ou qualquer dano antes do uso.
  • Certifique-se de que a corda tem o comprimento adequado para a altura e o deslocamento necessário.

3. Fixar a corda no ponto de ancoragem

  • Utilize mosquetões de aço com trava ou conectores certificados para prender a corda ao ponto de ancoragem.
  • Caso necessário, use um nó oito duplo ou nó boca de lobo para fixação segura.
  • Teste a resistência da fixação puxando a corda antes do uso.

4. Instalar dispositivos de segurança

  • Conecte o trava-quedas deslizante corretamente à corda (se aplicável).
  • Utilize um sistema redundante sempre que possível, como uma segunda corda de segurança.
  • Se necessário, instale polias ou freios para facilitar a movimentação.

5. Realizar um teste antes do uso

  • Antes de iniciar o trabalho, aplique carga gradual na corda para testar a ancoragem.
  • Garanta que não há atritos excessivos ou pontos de desgaste ao longo do trajeto da corda.
  • Verifique a funcionalidade dos EPIs conectados, como cintos de segurança e talabartes.

6. Monitoramento durante o uso

  • Periodicamente, verifique a tensão da corda e possíveis deslocamentos do ponto de ancoragem.
  • Substitua a corda caso apresente desgaste significativo.
  • Sempre utilize capacetes e EPIs complementares ao trabalhar com cordas em altura.
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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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