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Como fazer Linha de Vida em telhados? Detalhes técnicos

Instalação da linha de vida em telhados

Saber como fazer linha de vida em telhados é algo imprescindível para construir desde casas até grandes complexos comerciais. De acordo com a legislação brasileira, qualquer atividade exercida acima de dois metros do chão é considerada trabalho em altura, carregando uma série de obrigações por parte dos colaboradores responsáveis pela instalação do sistema e serviço diário. A linha de vida é uma delas!

Hoje, venha comigo descobrir como fazer linha de vida em telhados da forma correta, levando em conta cálculos e considerações profissionais de nossos especialistas aqui da Mostaza Ancoragem.

E leia também: Tipos de treinamento para trabalho em altura – guia completo

Como fazer linha de vida em telhados

Para montar uma linha de vida em telhados, atente-se a 3 pontos essenciais:

  1. Escolha o tipo de linha mais adequado ao ambiente e à tarefa.
  2. Realize cálculos detalhados para garantir a segurança.
  3. Priorize sempre a segurança e a conformidade com as normas.

Detalharemos em instantes os detalhes desse processo, mas o cerne da questão é justamente esse. Lembre-se, porém, que a instalação de uma linha de vida em telhados requer um planejamento cuidadoso regulado por lei. Portanto, como sempre dizemos, isso deve ser feito em conjunto com um Profissional Legalmente Habilitado (PLH) – como os experts que temos aqui na Mostaza Ancoragem – e os trabalhadores que utilizarão o sistema, levando em conta as características do local e as atividades a serem realizadas.

Antes de qualquer coisa, por exemplo, é importante escolher o tipo certo de linha de vida para o seu projeto. E se você já tem dúvidas quanto a isso, todo o resto ficará mais complicado. Vamos destrinchar as possibilidades!

Como fazer Linha de Vida em telhados? Detalhes técnicos

Linha de Vida Fixa

Conhecida como Dispositivo tipo C segundo a NBR 16325-2, esse modelo é composto por:

  • Ponto de ancoragem: Onde o sistema é fixado.
  • Interfaces (postes): Estruturas que suportam o cabo.
  • Cabo de aço: Que percorre a linha.
  • Ancoragem intermediária: Suporte adicional ao longo do cabo.
  • Absorvedores de energia: Reduzem o impacto em caso de queda.
  • Esticadores: Ajustam a tensão do cabo.
  • Indicadores de tensões: Monitoram a carga aplicada.
  • Componentes do cabo: Como grampos e sapatilhas.

Esse tipo de linha pode ser projetado para restrição de movimento, retenção de quedas ou ambas. O layout deve ser planejado para evitar riscos ao trabalhador – especialmente ao trabalhar perto de beirais ou sobre superfícies frágeis, como telhas translúcidas. Além disso, os equipamentos de proteção utilizados (EPIs e EPCs) devem ser compatíveis com a linha de vida e assegurar que a Zona Livre de Quedas (ZLQ) seja respeitada.

Linha de Vida Provisória

Classificada como Dispositivo tipo B, ela funciona em conjunto com os Dispositivos tipo A (pontos de ancoragem certificados) e é composta por:

  • Pontos de ancoragem fixos;
  • Cordas, anéis de fita e mosquetões;
  • Linhas de vida em fita.

Essas linhas são vantajosas por seu custo reduzido e facilidade de montagem e desmontagem; no entanto, exigem maior experiência e treinamento dos trabalhadores, uma vez que a instalação demanda análise criteriosa dos pontos de fixação, dos nós e do ambiente. Assim como nas linhas fixas, é fundamental garantir a ZLQ.

Como fazer Linha de Vida em telhados? Detalhes técnicos

Como saber se a estrutura do telhado vai suportar uma queda?

Mais uma vez, é o profissional capacitado responsável pela equipe e projeto, como um engenheiro ou técnico especializado, que deve realizar uma série de cálculos para garantir que o telhado esteja adequado para a instalação. Os principais fatores incluídos aqui são os seguintes:

  • Deformação do cabo de aço (flecha): Medida do quanto o cabo cede sob tensão.
  • Forças nas ancoragens: Verificar se a estrutura suporta a carga aplicada.
  • Forças no trabalhador: Certificar-se de que o impacto em caso de queda estará dentro dos limites seguros.
  • Cálculo da ZLQ (Zona Livre de Quedas): Garantir que o trabalhador não colida com o chão ou objetos em caso de queda.

A ZLQ é crucial para a segurança e, infelizmente, muitas empresas negligenciam esse aspecto – focando apenas na resistência do sistema. Sem a ZLQ adequada, mesmo uma linha de vida mecanicamente forte pode falhar em proteger o trabalhador, provocando acidentes fatais.

Para evitar isso, dois memoriais de cálculo são necessários (e ambos os documentos devem seguir as normas técnicas vigentes, como a NR 35 e a ABNT NBR 16325). Veja quais são:

  • Memorial de cálculo da Linha de Vida: Deve ser fornecido pelo fabricante do sistema, comprovando a resistência dos materiais e a aplicabilidade do equipamento.
  • Memorial de cálculo da estrutura: Deve ser elaborado pelo responsável técnico da obra ou prédio, atestando se o telhado pode suportar os esforços da queda sem comprometer sua integridade.

Fatores que devem ser analisados para fazer linha de vida em telhados

O que diz a NR 35 sobre trabalho em altura?

No fim do dia, para garantir que a instalação da linha de vida em telhados específicos seja adequada, o PLH deve avaliar os seguintes aspectos:

Características do telhado

  • Tipo de telha utilizada;
  • Tipo de estrutura de sustentação;
  • Distância entre os apoios da estrutura;
  • Resistência estrutural do telhado.

Condições do local e do trabalho

  • Altura do telhado;
  • Tipo de atividade que será realizada;
  • Forma de acesso ao telhado (escada marinheiro, plataforma elevatória, escada móvel, etc.);
  • Presença de máquinas ou equipamentos altos abaixo do telhado.

Uso da Linha de Vida

  • Quantidade de trabalhadores conectados simultaneamente;
  • Tipo de ancoragem utilizada e sua capacidade de absorção de impacto;
  • Existência de equipamentos sobre o telhado (exemplo: exaustores, calhas, condensadores).

Não perca: O que é a NR 2? Como fica a inspeção prévia após a sua revogação

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Prazer – nós somos a Mostaza Ancoragem e estamos aqui para qualquer necessidade em altura, incluindo a instalação da linha de vida em telhados.

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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