Quando se fala em segurança em trabalhos em altura, um dos elementos mais importantes — e que exige atenção redobrada — é o ponto de ancoragem. Ele é a base para conectar equipamentos como talabartes, linhas de vida e cordas, sustentando a carga em caso de queda e garantindo que o trabalhador tenha um suporte confiável.
Escolher o tipo de ponto certo não é apenas uma exigência legal, mas uma decisão que pode salvar vidas. Este guia reúne informações essenciais sobre os diferentes tipos de pontos de ancoragem, normas aplicáveis, critérios de escolha e cuidados de uso, além de orientações para manter a segurança sempre em primeiro lugar.
O que é um ponto de ancoragem?
Um ponto de ancoragem é um dispositivo ou estrutura capaz de suportar forças elevadas, servindo como ponto de fixação para sistemas de proteção contra quedas.
Para ser considerado seguro, ele precisa atender às exigências da NR 35 – Trabalho em Altura e seguir padrões técnicos, como a ABNT NBR 16325-1 e 16325-2, que definem requisitos e ensaios para esses dispositivos.
Seu papel é simples, mas crucial: ser o elo confiável entre o trabalhador e a estrutura. Se ele falha, todo o sistema de segurança falha.
Para ter uma ideia, em caso de queda, a força aplicada ao ponto de ancoragem pode chegar a várias vezes o peso da pessoa. Isso ocorre porque, além do peso corporal, há o impacto e a desaceleração súbita. Por isso, a norma determina que um ponto de ancoragem suporte no mínimo 15 kN, o que equivale a cerca de 1.500 kg.
Conheça os 5 principais tipos de pontos de ancoragem

A escolha do tipo de ponto de ancoragem ideal depende do tipo de atividade, do ambiente e da frequência de uso. A seguir, apresentamos os modelos mais comuns e suas aplicações.
Pontos de ancoragem fixos
Esses dispositivos são instalados permanentemente na estrutura e estão sempre prontos para uso. Podem ser compostos por argolas metálicas, olhais de aço inoxidável, chumbadores químicos ou trilhos rígidos que permitem certa movimentação.
A grande vantagem é a robustez e a confiabilidade, tornando-os ideais para locais onde o trabalho em altura é frequente, como indústrias, galpões e prédios de manutenção constante. Por outro lado, a instalação exige planejamento e, muitas vezes, obra civil, o que pode demandar investimento inicial mais alto.
Um exemplo prático é a instalação de pontos fixos no topo de um edifício para facilitar a limpeza de fachadas. O investimento feito na instalação permanente evita a necessidade de improvisos e garante segurança em longo prazo.
Pontos de ancoragem móveis
São dispositivos portáteis que podem ser instalados temporariamente durante o serviço e removidos em seguida. Entre os modelos estão travas para vigas, fitas de ancoragem, ganchos de engate rápido e dispositivos de aperto.
Eles oferecem flexibilidade e são muito utilizados em manutenções pontuais ou em locais onde não há possibilidade de instalação permanente. O cuidado principal é sempre verificar o estado de conservação e a instalação correta antes de iniciar o trabalho.
Por exemplo, um técnico que precisa acessar diferentes áreas de uma planta industrial pode levar consigo um kit de ancoragem móvel, adaptando-o à estrutura disponível sem necessidade de perfurações.
Pontos de ancoragem naturais
Algumas estruturas já existentes podem funcionar como pontos de ancoragem, desde que avaliadas por um profissional qualificado. Vigas, colunas ou pilares de concreto são exemplos comuns. Contudo, a resistência deve ser comprovada, já que nem toda estrutura visivelmente robusta suporta as forças exigidas.
Em galpões industriais, é comum aproveitar vigas metálicas como pontos naturais, desde que haja confirmação técnica de que suportam a carga mínima exigida pela norma.
Linhas de vida
As linhas de vida são sistemas que permitem a movimentação contínua do trabalhador sem a necessidade de se desconectar do sistema de segurança.
- Horizontais: muito comuns em coberturas, passarelas e plataformas elevadas.
- Verticais: aplicadas em escadas fixas, torres de telecomunicações, silos e outras estruturas verticais.
Podem ser fixas, instaladas permanentemente, ou temporárias, montadas apenas durante o período de execução do trabalho. Em um armazém com cobertura metálica, por exemplo, uma linha de vida horizontal fixa permite que equipes se desloquem com segurança para realizar inspeções e manutenções.
Pontos para resgate
Projetados para suportar cargas específicas de operações de salvamento, esses pontos são usados com tripés, guinchos e sistemas de cordas, especialmente em espaços confinados. São fundamentais para garantir a retirada rápida e segura de um trabalhador em caso de acidente ou mal súbito.

Como escolher o tipo de ponto de ancoragem ideal para o seu projeto
A decisão não deve ser baseada apenas na praticidade, mas também em requisitos técnicos e legais. Três pontos merecem atenção especial:
- Resistência e conformidade: O ponto deve atender às normas aplicáveis e suportar forças muito superiores ao peso do trabalhador, considerando o impacto de uma queda.
- Tipo de atividade: Trabalhos estáticos, como manutenção de fachadas, podem exigir pontos fixos bem posicionados. Já inspeções que envolvem deslocamento constante podem ser melhor atendidas por linhas de vida ou pontos móveis.
- Ambiente de instalação: Em áreas com alta umidade ou atmosfera salina, materiais como aço inoxidável ou alumínio anodizado oferecem maior durabilidade.
Outro fator é a frequência de uso: pontos fixos tendem a ser mais seguros e econômicos em operações recorrentes, enquanto pontos móveis são a solução mais prática para atividades pontuais.
Cuidados na instalação e inspeção
A instalação deve ser feita por profissionais qualificados, respeitando as orientações do fabricante e as normas técnicas vigentes. Improvisações, como fixar em estruturas frágeis, usar parafusos inadequados ou cordas amarradas sem critério, colocam vidas em risco.
Antes de cada uso, é imprescindível realizar uma inspeção visual, verificando corrosão, desgaste ou deformações. Além disso, é obrigatório manter um registro documentado de uso e inspeções, com datas e observações, garantindo rastreabilidade e histórico de manutenção.
Leia também: Teste de arrancamento dos pontos de ancoragem – como fazer?
Treinamento: o elo entre segurança e eficiência
Todos os tipos de pontos de ancoragem perde sua eficiência se não forem utilizados corretamente. O treinamento adequado deve abordar não apenas a parte técnica como também a conscientização sobre riscos – temos um artigo completo sobre isso bem aqui que você pode conferir.
De toda forma, entre os tópicos que não podem faltar estão:
- Técnicas corretas de conexão e desconexão.
- Identificação de pontos inseguros.
- Procedimentos de resgate e primeiros socorros.
Equipes bem treinadas conseguem identificar irregularidades e agir preventivamente, evitando que pequenas falhas se transformem em grandes acidentes.

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Independentemente do tipo de ponto de ancoragem escolhido, uma má instalação pode resultar em graves consequências – que vão desde quedas com ferimentos até fatalidades. Além do impacto humano, empresas podem enfrentar multas, processos trabalhistas e danos à reputação.
Por exemplo, em uma obra onde um trabalhador estava preso a um ponto improvisado em uma grade metálica, a estrutura não suportou a carga da queda e se desprendeu, resultando em acidente grave. Casos assim reforçam a importância de seguir rigorosamente as normas e recomendações técnicas.
E é justamente por isso que é importante contar com ajuda especializada em todo caso.
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