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Conheça os 3 tipos de linha de vida para trabalho em altura

Conheça os 3 tipos de linha de vida para trabalho em altura

No ramo do trabalho em altura, a linha de vida é um equipamento de proteção coletiva (EPC) indispensável para prevenir quedas fatais de trabalhadores e colaboradores em qualquer obra acima de dois metros. Apesar de também ser aplicável em diversas atividades de natureza semelhante, é nesse contexto que a linha de vida brilha – compondo um sistema robusto ao lado de outros elementos de segurança, como pontos de ancoragem, escadas marinheiro e cinturões. Mas você sabia que existem vários tipos de linha de vida?

Cada um é adaptado para uma função distinta, mas também podem funcionar em união no caso de projetos complexos, que demandam uma mão de obra extensa. No artigo de hoje, venho esclarecer os modelos de linha de vida mais usados na indústria, de modo que você possa começar a orçar mentalmente os detalhes do seu próximo projeto.

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E não perca: Qual EPI é específico para trabalho em altura?

Os 3 principais tipos de linha de vida (e suas variações)

A linha de vida pode ser instalada a partir de cabos metálicos ou sintéticos, bem como fitas – e seu objetivo é suportar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Contudo, o motivo de sua existência é proteger cada pessoa individualmente em suas atividades diárias, sendo necessário que o trabalhador cumpra as medidas de controle determinadas em uma análise de riscos prévia feita por um profissional de Segurança do Trabalho.

Como disponho a seguir, existem 3 tipos de linha de vida que podem ser instalados no perímetro de uma obra – e a escolha vai depender das condições do projeto, da acessibilidade até o local, da avaliação técnica que acabei de mencionar e, claro, da quantidade de trabalhadores simultâneos em um mesmo sistema de ancoragem.

Conheça os 3 tipos de linha de vida para trabalho em altura

Esses sistemas podem ser divididos em duas categorias gerais: horizontais ou verticais e fixos ou móveis. Veja só as aplicações mais comuns para cada uma:

1. O tipo de linha de vida fixa

Instaladas permanentemente em estruturas, essas linhas são mais comuns em ambientes industriais, prédios, galpões e áreas com acesso frequente – sendo projetadas para oferecer segurança constante em locais de risco conhecido e contínuo.

  • Linha de Vida Horizontal Fixa: Feita com cabos de aço ou trilhos metálicos, é ideal para ambientes como telhados, tanques e passarelas, permitindo o deslocamento lateral seguro do trabalhador. Pode suportar um ou mais usuários simultaneamente.
  • Linha de Vida Vertical Fixa: Utilizada em escadas, torres, silos e fachadas, ela também é feita com cabos ou trilhos e permite o deslocamento vertical com total segurança, sendo ideal para estruturas de acesso permanente.

2. O tipo de linha de vida móvel ou temporária

Esses sistemas são projetados para serem removidos ou transportados de acordo com a demanda da obra ou serviço, e são muito usados em manutenções pontuais ou em obras civis, onde o cenário muda constantemente.

  • Linha de Vida Horizontal Temporária: Geralmente construída com fitas de poliéster ou cabos de aço leves, é de fácil instalação e transporte. Suporta até dois trabalhadores simultaneamente e é ideal para serviços temporários como obras civis, montagens e manutenções.
  • LVM (Linha de Vida Móvel Horizontal): Composta por um perfil metálico tubular com rodízios – que pode ser ajustado em altura e movimentado lateralmente – ela é ideal para carga e descarga de caminhões, manutenção de máquinas e tubulações industriais, podendo atingir alturas de até 7 metros.
  • Linha de Vida Vertical com Corda: Utiliza corda sintética resistente, dispositivo trava-quedas deslizante e mosquetões de ancoragem. É leve, portátil e fácil de realocar, sendo muito útil para serviços pontuais em locais variados, como fachadas e coberturas.

3. O tipo de linha de restrição temporária

Ao contrário da linha de vida tradicional (que protege contra quedas), a linha de restrição limita o alcance do trabalhador, impedindo que ele chegue até a zona de risco.

  • Linha de Restrição com Fita: Instalada provisoriamente em áreas como sacadas, escadas ou bordas de laje. Impede o acesso a zonas perigosas, sendo uma solução prática e eficaz para proteção temporária.

Os perigos de não executar a instalação correta

Deixe-me pintar o cenário aqui: durante os anos de 2014 a 2021, foram registradas 17.725 mortes nos ambientes de trabalho no Brasil. Apenas em 2021, foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao trabalho – um aumento relevante de 33% em relação a 2020, conforme indicadores publicados pelo Radar SIT.

Fonte: Radar SIT Abas

Por si só, esse estudo já evidencia a importância de executar um projeto com toda a cautela necessária. O sucesso de uma obra e a integridade das pessoas envolvidas dependerão de cada detalhe técnico do planejamento inicial, bem como o seguimento correto de protocolos pela equipe na liderança.

Dê uma olhada nas implicações perigosas de uma má instalação de linhas de vida:

Sanções legais

Ignorar as exigências de segurança em trabalhos em altura não é apenas uma falha técnica – é uma infração grave prevista na legislação brasileira. A instalação inadequada ou a ausência de uma linha de vida pode acarretar diversas penalidades legais para a empresa e seus responsáveis, incluindo multas, interdições de obra e até processos criminais em caso de acidentes com vítimas.

A principal norma que regulamenta o trabalho em altura é a NR-35, que exige não apenas o uso de sistemas de proteção como a linha de vida, mas também a elaboração de um planejamento completo, incluindo a Análise Preliminar de Riscos (APR). Esse documento identifica os perigos envolvidos nas atividades e define as medidas preventivas a serem adotadas antes do início dos trabalhos; a ausência da APR ou sua elaboração inadequada já configura descumprimento legal, o que pode ser identificado durante fiscalizações ou após a ocorrência de um acidente.

Além da NR-35, outras normas como a NR-18 (voltada à construção civil) e a NR-6 (que trata de EPIs) também entram em jogo. Juntas, essas normas formam um conjunto de obrigações que o empregador deve seguir para garantir a integridade dos trabalhadores. O não cumprimento pode resultar em autuações pela Inspeção do Trabalho (vinculada ao Ministério do Trabalho), com penalidades que variam conforme o grau da infração, o porte da empresa e o histórico de irregularidades.

Desgaste desnecessário de EPIs e EPCs

Quando a linha de vida é mal instalada, tanto os EPIs quanto os EPCs acabam sendo utilizados de forma inadequada, o que acelera seu desgaste e compromete sua eficácia. Por exemplo, um talabarte ou trava-quedas pode ser sobrecarregado indevidamente, diminuindo sua vida útil e gerando um falso senso de segurança.

Além disso, a falta de inspeção periódica – exigida pelas normas – pode deixar passar danos ou falhas invisíveis, que colocam o trabalhador em risco. A má instalação, portanto, cria um ciclo de uso incorreto que termina em perigo e custo elevado com reposições frequentes.

Acidentes fatais e incapacitantes

A consequência mais grave de uma instalação inadequada de linha de vida é a queda em altura, uma das principais causas de acidentes fatais ou com sequelas permanentes no ambiente de trabalho. A ausência de um sistema confiável de ancoragem pode provocar falhas no travamento da queda, resultando em impactos com força letal; mesmo em quedas menores, o efeito chicote ou uma suspensão inerte prolongada pode levar à perda de consciência, traumas graves ou à morte. Esses riscos tornam a instalação correta – e a verificação contínua do sistema – medidas absolutamente inegociáveis.

Projeto mal-feito

Um projeto de linha de vida mal elaborado pode apresentar incompatibilidades com o ambiente real, como pontos de ancoragem mal posicionados, capacidade de carga subdimensionada ou ausência de plano de resgate. Esses erros geralmente decorrem da pressa ou da falta de atenção durante o planejamento inicial, sendo são difíceis (e caros) de corrigir quando a estrutura já está instalada.

Conheça os 3 tipos de linha de vida para trabalho em altura

Além de comprometer a segurança, um projeto mal executado pode atrasar obras, aumentar custos e ainda colocar em risco a certificação de conformidade da empresa. Por isso, o envolvimento de profissionais especializados desde o início é crucial – e é aqui que entramos em cena para te ajudar.

Conte com a Mostaza Ancoragem para garantir o tipo de linha de vida ideal para a sua obra!

Ao se tratar de trabalhos em altura, nós somos uma das principais referências no mercado. Com uma vasta experiência e especialização no setor, somos reconhecidos por nossa capacidade de realizar desde projetos complexos de ancoragem até treinamentos específicos – sempre com a máxima prioridade à segurança dos trabalhadores!

Nossa atuação abrange diversos serviços, incluindo a instalação de vários modelos de linha de vida. A Mostaza Ancoragem segue à risca as normas regulamentadoras, como a NR-35, garantindo não apenas a conformidade legal como também a implementação das melhores práticas de segurança e eficiência.

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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