Será que quem tem diabetes pode trabalhar em altura? Essa pergunta paira sobre diversos trabalhadores que pretendem exercer a atividade ao lado de uma empresa colaboradora – bem como empreendedores que buscam fortalecer a sua equipe.
Neste artigo, descubra se a diabetes é uma condição impeditiva para o trabalho em altura e a forma certa de lidar com esse quadro.
Veja também: Como funciona a inspeção anual no ponto de ancoragem?
Quem tem diabetes pode trabalhar em altura?
Sim – a diabetes, por si só, não impede alguém de trabalhar em altura. O fator decisivo é o grau de controle da condição e os riscos que ela pode representar no ambiente de trabalho. Isso está totalmente de acordo com os princípios da NR 35, que preconiza a avaliação de condições incapacitantes temporárias ou permanentes para liberar o profissional ao exercício da atividade.

Por isso, antes de iniciar qualquer função em altura, é fundamental que o trabalhador em altura com diabetes passe por uma avaliação individual feita por um médico do trabalho, dentro do programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO). Essa análise deve levar em conta:
- O tipo de diabetes (tipo 1 ou tipo 2);
- O grau de controle da glicemia;
- O histórico de episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia;
- A exigência física e cognitiva da função em altura.
Um quadro de diabetes descontrolada representa um risco real para o exercício seguro da atividade. Isso porque crises de hipoglicemia podem levar a sintomas como tontura, sudorese, confusão mental, visão turva e até perda de consciência – condições totalmente incompatíveis com o trabalho em altura, uma vez que colocam em risco tanto o trabalhador quanto a equipe ao redor.
Além disso, a literatura técnica e manuais do Ministério do Trabalho citam a diabetes descompensada como um exemplo de condição clínica impeditiva, ainda que a NR 35 não liste doenças específicas. Ou seja, o foco está no risco envolvido, não na condição em si.
Se o trabalhador apresentar risco, as seguintes medidas de controle podem ser tomadas:
- Pausas regulares para monitorar a glicemia;
- Acesso rápido a alimentos ou glicose de ação rápida;
- Proibição temporária da atividade em altura durante períodos de descompensação.
Outro ponto essencial é que o trabalhador em altura com diabetes também deve passar por todos os treinamentos obrigatórios previstos na NR 35, com reforço em conteúdos voltados à prevenção de acidentes, noções de primeiros socorros e condutas em caso de emergência.
Veja quais são as condições impeditivas para o trabalho em altura
Em suma, quem tem diabetes pode trabalhar em altura. O mais importante é a avaliação médica personalizada, o acompanhamento clínico contínuo e a adoção das medidas de segurança adequadas, garantindo a integridade física do profissional e de todos os envolvidos.

Porém, como explico em detalhes neste outro artigo, existem, sim, outras proibições legais quando se trata do trabalho em altura favorável, seguro e organizado. Abaixo, separo em detalhes o que você deve saber antes de esboçar um projeto dessa natureza.
Condições pessoais
As condições pessoais que podem impedir o trabalho em altura são aquelas que reduzem a capacidade de julgamento, equilíbrio, coordenação motora, resistência física ou percepção de risco – então todas devem ser avaliadas clinicamente antes de qualquer liberação para trabalhar. Exemplos incluem:
- Diabetes descompensada, com risco elevado de hipoglicemia;
- Distúrbios neurológicos ou psiquiátricos não tratados, como epilepsia ou transtornos severos de ansiedade;
- Uso de medicamentos que causam sonolência ou comprometem os reflexos;
- Doenças cardiovasculares graves ou não controladas;
- Distúrbios de visão ou audição que afetem a percepção do ambiente de trabalho;
- Quadros de vertigem, labirintite ou desequilíbrios recorrentes;
- Alcoolismo, uso de substâncias psicoativas ou entorpecentes.
Condições externas
As condições externas, por sua vez, são inerentes ao ambiente de trabalho e aos fatores externos que possam comprometer a segurança da operação. Entre as mais comuns, posso destacar:
- Falta de sistemas de ancoragem seguros e certificados;
- Ausência de linhas de vida, talabartes e EPIs adequados à tarefa;
- Trabalho em altura durante tempestades, ventos fortes ou baixa visibilidade;
- Superfícies instáveis ou escorregadias;
- Ambientes com risco de choque elétrico sem isolamento adequado;
- Falta de plano de emergência e resgate em caso de acidente;
- Equipe sem treinamento específico ou sem supervisão qualificada.
Em qualquer um desses cenários, a atividade deve ser suspensa até que as condições sejam normalizadas e os riscos minimizados. Mas esses detalhes você não precisa lembrar!

Conte com a Mostaza Ancoragem para planejar, desenvolver e instalar os seus projetos
Chega de quebrar a cabeça pensando em detalhes tão técnicos; você não precisa fazer nada sozinho! Na Mostaza Ancoragem, seguimos todas as normas regulamentadoras, com destaque para a NR-35, oferecendo soluções completas para sua obra, como:
- Projetos e Instalações de Sistemas de Ancoragem: Desenvolvemos e implementamos sistemas de ancoragem personalizados para cada necessidade.
- Resgates e Manutenções em Altura: Executamos serviços de alto risco com segurança e eficiência.
- Treinamentos Especializados: Capacitação teórica e prática para equipes que atuam em altura, seguindo rigorosamente os requisitos legais.
Escolher a Mostaza é optar por experiência, excelência e dedicação à segurança. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar sua empresa a atuar em altura com total conformidade e qualidade!
Estamos prontos para lhe fornecer o suporte necessário – seja em projetos de grande porte, como serviços de ancoragem e resgate, ou no treinamento especializado para sua equipe.