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Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): um guia completo

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em altura

Se você exerce qualquer tipo de atividade manual regular e padronizada no Brasil, provavelmente conhece – ou pelo menos é familiar com o termo – os Equipamentos de Proteção Individual, também abreviados para EPIs. Esses são aparatos físicos de segurança que, levando em conta a natureza perigosa da função, cada trabalhador deve usar em seus exercícios diários para evitar acidentes incapacitantes (e até fatais).

No trabalho em altura, isso não é diferente – e os EPIs têm um papel fundamental na preservação da saúde e integridade de uma equipe de colaboradores que, seja em um canteiro de obras ou na manutenção de um telhado residencial, está constantemente vulnerável a quedas livres a partir de dois metros do solo.

Neste guia completo, veja tudo o que precisa saber sobre os equipamentos de proteção individual no ramo de ancoragem e linha de vida – e como nós, da Mostaza, podemos te ajudar com qualquer futuro projeto que esteja planejando.

Para ler o nosso guia completo sobre EPCs, que complementam um sistema de segurança, clique aqui.

O que são os Equipamentos de Proteção Individual?

Em curtas palavras, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são dispositivos de uso pessoal projetados para proteger o trabalhador contra riscos capazes de ameaçar sua segurança e saúde.

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em altura

No contexto do trabalho em altura, esses equipamentos são parte essencial de um Sistema de Proteção Individual contra Quedas (SPIQ), que também envolve estruturas fixas e móveis, incluindo pontos de ancoragem, linhas de vida e componentes de conexão.

Em outras palavras: o EPI é o elo pessoal dentro de um sistema maior de segurança. Ele funciona em conjunto com os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) e com os dispositivos de ancoragem, formando um conjunto técnico que evita acidentes e garante a estabilidade do trabalhador em qualquer operação acima do solo.

Portanto, lembre-se: o EPI é apenas um dos pilares dessa história e, com tal, jamais deve ser visto como um simples acessório – pois é um componente vital em um sistema que protege vidas.

O que a lei diz sobre os EPIs no trabalho em altura

Quando o assunto é trabalho em altura, não existe espaço para improviso – e muito menos para descuido.

Cada movimento, cada equipamento e cada decisão precisa estar em conformidade com a legislação brasileira, que trata a segurança como prioridade absoluta. Isso porque, nesse tipo de atividade, um único erro pode custar não apenas a continuidade de uma obra, mas também a vida de um trabalhador.

Por isso, o uso de EPIs não é uma escolha: é uma obrigação legal e moral. As normas de segurança no Brasil foram criadas justamente para garantir que todo profissional tenha as condições adequadas de exercer sua função sem se expor a riscos desnecessários – e que as empresas sejam responsáveis por criar esse ambiente seguro.

Veja as principais normas que regulamentam o uso de EPIs no trabalho em altura e entenda o que cada uma representa na prática:

NR-6

A NR-6 é o ponto de partida de qualquer discussão sobre EPIs – pois define o que é um equipamento de proteção individual e estabelece que o empregador deve fornecer gratuitamente todos os itens necessários, em perfeito estado de conservação e funcionamento.

Mais do que isso, exige que cada EPI possua um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho, um documento que comprova que o produto foi testado e realmente protege o trabalhador da forma esperada. Sem o CA, o equipamento simplesmente não é reconhecido como seguro pela lei.

Qual é a NR para trabalho em altura?

NR-35

A NR-35 é a espinha dorsal da segurança em altura. Ela determina que qualquer atividade realizada a mais de 2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda, deve ser previamente planejada, supervisionada e executada por profissionais capacitados.

A norma também define que o sistema de segurança deve incluir tanto EPCs quanto EPIs, além de treinamentos periódicos e análise de risco. É ela que amarra todo o conceito de um Sistema de Proteção Individual contra Quedas (SPIQ), garantindo que o trabalhador esteja sempre conectado – física e tecnicamente – à sua própria segurança.

Não perca: 5 fatores que garantem a segurança do trabalho em altura

ABNT NBR 16489

Enquanto as NRs são leis trabalhistas, a NBR 16489 é uma norma técnica da ABNT que complementa e aprofunda o tema. Ela estabelece critérios para seleção, uso, inspeção e manutenção dos sistemas de proteção individual, detalhando como os componentes (como cintos, talabartes e conectores) devem interagir entre si para formar um conjunto seguro e confiável.

Em outras palavras, essa norma transforma a teoria em prática – é o “manual técnico” de quem trabalha com altura.

ABNT NBR 14629

Os absorvedores de energia são os grandes responsáveis por reduzir o impacto de uma queda, e por isso precisam seguir padrões rigorosos. A NBR 14629 define como esses dispositivos devem ser testados, quais forças precisam suportar e como devem se comportar em situações de impacto real. Ela garante que, no momento mais crítico de queda, o equipamento reaja de forma previsível e segura.

Portaria SEPRT nº 11.347/2020

Publicada pelo antigo Ministério da Economia, essa portaria reforça a importância dos talabartes com absorvedores de energia integrados, determinando que eles devem estar de acordo com a NBR 14629. O objetivo é eliminar margens de erro e padronizar o uso de equipamentos realmente eficazes, capazes de proteger o trabalhador em situações extremas.

Qual é o prazo para a troca de EPIs?

Conheça os 10 principais EPIs no trabalho em altura

Antes de qualquer coisa, saiba que eles são muitos – e não dá pra concentrar todos em um só texto conciso, pois cada um possui uma função específica dentro de cenários variados. Nem todos são usados simultaneamente; sua aplicação depende da natureza da tarefa, da altura e das condições do ambiente, como o tempo e clima.

A seguir, falo dos 10 principais:

  1. Cinto de segurança tipo paraquedista: É o coração do sistema de proteção individual. Além de envolver o corpo do trabalhador e servir de ponto de fixação para talabartes, trava-quedas e linhas de vida, ele distribui o impacto de uma queda entre as pernas, cintura e ombros, minimizando lesões.
  1. Talabarte com absorvedor de energia: Conecta o cinto de segurança ao ponto de ancoragem, absorvendo parte da força gerada durante uma queda. Pode ser simples, duplo em Y, de posicionamento ou ajustável, dependendo da mobilidade exigida pela atividade.
  1. Trava-quedas retrátil ou deslizante: Equipamento que acompanha o movimento do trabalhador e trava automaticamente em caso de queda livre. É essencial para deslocamentos verticais, como em torres, fachadas ou silos.
  1. Conectores (mosquetões e ganchos): Unem os componentes do sistema. Devem ser de fechamento automático, com resistência mecânica adequada e conformes à ABNT NBR 15837. Existem diferentes classes (A, B, M, T e Q), cada uma para uma aplicação específica.
  1. Capacete de segurança com jugular: Protege a cabeça contra impactos e quedas de objetos, e a jugular (fitas sob o queixo) impede que o capacete se desprenda durante o trabalho em altura.
  1. Calçado de segurança antiderrapante: Proporciona aderência e estabilidade ao trabalhador, evitando escorregões. Em alguns ambientes, deve também ser dielétrico, para proteger contra choques elétricos.
  1. Luvas de proteção: Selecionadas conforme o tipo de atividade: corte, abrasão, perfuração ou condução elétrica. Garantem firmeza nas mãos e reduzem o risco de ferimentos durante o manuseio de ferramentas e cabos.
  1. Óculos de proteção: Essenciais para atividades com partículas suspensas, respingos químicos ou luminosidade intensa. Protegem contra poeira, fagulhas e objetos projetados.
  1. Protetor auricular: Usado em locais com ruído acima dos limites legais, prevenindo perda auditiva. Comum em canteiros de obras e indústrias.
  1. Máscara ou respirador: Indicados quando há poeira, gases ou vapores no ambiente. Garantem que o trabalhador respire com segurança mesmo em locais confinados.

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Absorvedor de impacto para trabalho em altura

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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