Os Equipamentos de Proteção Coletiva, abreviados para EPCs, servem incontáveis funções no ramo profissional brasileiro – especialmente quando falamos de atividades que, por sua mera natureza, colocam em perigo a vida e a saúde de uma equipe de trabalhadores.
No trabalho em altura, em especial, esses dispositivos são tão indispensáveis que seu uso, armazenamento e manutenção são regulados entre diversas normas legais, padronizando a forma como as empresas colaboradoras atuam em um projeto, desde um canteiro de obras até a troca de um telhado residencial.
Neste artigo, trago a você todas as informações essenciais sobre os EPCs nas atividades em altura – e como nós, da Mostaza, podemos te ajudar com qualquer empreitada que esteja planejando.
Para ler o nosso guia completo sobre EPIs, que complementam um sistema de segurança, clique aqui.
O que são os Equipamentos de Proteção Coletiva?
Enquanto os EPIs são voltados à proteção individual do trabalhador, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) têm uma missão mais ampla: preservar a integridade de todos os profissionais envolvidos em uma mesma atividade, bem como de terceiros que estejam próximos da área de risco.
Eles atuam como uma barreira física ou mecânica contra acidentes, controlando as fontes de perigo antes mesmo que atinjam o trabalhador. Em outras palavras, enquanto o EPI age na “ponta” – protegendo o corpo – o EPC atua na origem do risco, reduzindo ou eliminando-o de forma preventiva.
No trabalho em altura, os EPCs são parte indispensável do Sistema de Proteção Coletiva contra Quedas (SPCQ), que trabalha em conjunto com o Sistema de Proteção Individual (SPIQ). É essa integração entre os dois sistemas que garante um ambiente de trabalho realmente seguro e tecnicamente eficiente.
Exemplos clássicos de EPCs no trabalho em altura incluem guarda-corpos, redes de proteção, plataformas de trabalho, sinalizações, barreiras físicas, entre outros – todos planejados para atuar antes do acidente acontecer. Veremos mais sobre cada um em instantes.

O que a lei diz sobre os EPCs no trabalho em altura
Assim como os EPIs, os EPCs no trabalho em altura não são opcionais – eles são uma exigência legal e estão entre os primeiros pontos avaliados em uma fiscalização de segurança.
A legislação brasileira é bastante clara quanto à responsabilidade das empresas em implementar sistemas de proteção coletiva sempre que houver risco à integridade física do trabalhador. Veja as principais normas que tratam do tema:
NR-18
Regulamenta as medidas de segurança em canteiros de obra e estabelece que os EPCs devem ser implantados antes do início das atividades em altura. A norma define critérios para instalação de guarda-corpos, plataformas, escadas e sistemas de contenção de materiais.
NR-35
É a principal norma do setor. Determina que toda atividade realizada acima de 2 metros do nível inferior deve adotar medidas de proteção coletiva como prioridade, antes mesmo de recorrer aos EPIs.
A NR-35 também exige que todo o sistema de segurança – ou seja, EPCs, EPIs, ancoragens e treinamentos – esteja integrado e seja supervisionado por profissional qualificado.
ABNT NBR 16325-1 e NBR 16325-2
Tratam especificamente dos sistemas de ancoragem, que são a base para fixação de linhas de vida e guarda-corpos. Definem requisitos de desempenho, resistência e métodos de ensaio, garantindo que as estruturas sejam capazes de suportar os esforços de impacto durante o trabalho.
ABNT NBR 16489
Complementa as normas anteriores, detalhando critérios técnicos para seleção, uso, inspeção e manutenção dos sistemas de proteção contra quedas – incluindo os EPCs. Ela garante que cada componente coletivo seja projetado, instalado e mantido de acordo com parâmetros técnicos reconhecidos.
Lei nº 6.514/1977 e Portaria nº 3.214/1978
Esses dispositivos legais compõem a base da segurança do trabalho no Brasil e determinam que cabe ao empregador garantir todas as medidas de proteção coletiva antes mesmo da disponibilização dos EPIs, reforçando o princípio da prevenção hierárquica de riscos.
Conheça os 10 principais EPCs no trabalho em altura

Em resumo: a lei é clara ao priorizar o EPC. Sempre que for tecnicamente possível eliminar ou reduzir o risco de queda com uma solução coletiva, essa deve ser a primeira medida adotada.
É justamente por isso que os equipamentos de proteção coletiva utilizados em altura são variados; cada um cumpre uma função específica dentro de um sistema mais amplo de segurança. Nem todos estarão presentes em uma mesma obra, mas cada projeto deve contar com os dispositivos certos, definidos com base em uma análise de risco detalhada e conduzida por profissional habilitado!
Veja a seguir os principais EPCs empregados nas atividades em altura e entenda suas aplicações práticas:
1. Sistemas de linha de vida
As linhas de vida são, talvez, os elementos mais importantes e icônicos da segurança em altura; quando projetadas em formato coletivo, tornam-se verdadeiros pilares de eficiência e proteção. Esses sistemas permitem que vários trabalhadores se desloquem simultaneamente em uma mesma estrutura, mantendo-se conectados a um cabo de aço, trilho rígido ou fita sintética ancorada em pontos fixos de alta resistência.
Nas versões coletivas, o projeto é dimensionado para suportar múltiplas forças de impacto sem comprometer a estrutura, oferecendo liberdade de movimentação e segurança contínua. São aplicadas em coberturas metálicas, fachadas industriais, pontes, reservatórios, torres e centros logísticos, entre outros contextos onde há circulação constante de equipes.
Além disso, o desempenho do sistema depende diretamente de um cálculo técnico preciso por uma equipe de engenheiros e projetistas, que deve elaborar e instalar linhas de vida horizontais, verticais e mistas, seguindo rigorosamente as exigências da ABNT NBR 16325, NR-18 e NR-35. O resultado é um sistema de proteção coletiva de alta durabilidade que reduz riscos, otimiza o tempo de execução e garante total conformidade com as normas vigentes.
2. Dispositivos de ancoragem fixos e estruturais
Os dispositivos de ancoragem são o alicerce de todo o sistema de proteção contra quedas – e quando projetados para uso coletivo, assumem papel ainda mais estratégico. Esses pontos fixos são instalados diretamente na estrutura (como vigas, lajes ou perfis metálicos) e servem como base para linhas de vida, guarda-corpos e sistemas de acesso seguro, sustentando as cargas de impacto geradas durante uma queda ou movimentação.
Os dispositivos de ancoragem coletivos devem ser dimensionados por um engenheiro responsável técnico (RT), considerando não apenas o número de usuários simultâneos, mas também o tipo de estrutura, o ângulo de esforço e o material utilizado. Com o uso de pontos de ancoragem fixos, móveis ou retráteis, é possível montar sistemas de proteção coletiva permanentes ou temporários, adequados tanto para obras civis quanto para indústrias, telhados e áreas de manutenção predial.

3. Guarda-corpo e rodapé
São as barreiras físicas mais clássicas e indispensáveis em qualquer serviço acima do solo. O guarda-corpo impede quedas acidentais, enquanto o rodapé evita que ferramentas e materiais deslizem e caiam sobre pessoas em níveis inferiores. Devem seguir os padrões da NR-18, com altura mínima e resistência adequadas.
4. Plataformas de proteção (ou bandejas de segurança)
Instaladas externamente em edificações, servem para conter quedas de materiais e proteger trabalhadores e pedestres que circulam abaixo. São obrigatórias em obras verticais e devem ser dimensionadas conforme o projeto estrutural.
5. Redes de proteção contra queda de pessoas e objetos
Fabricadas com materiais de alta resistência, essas redes absorvem o impacto de uma possível queda e evitam acidentes fatais. Também impedem que ferramentas e entulhos atinjam áreas transitáveis.
6. Escadas e passarelas fixas com guarda-corpo
Permitem o acesso seguro a diferentes níveis de uma estrutura. Devem ser projetadas conforme a NBR 9077 e NR-12, garantindo dimensões adequadas, resistência e inclinação seguras.
7. Sinalização e isolamento da área de risco
Um EPC muitas vezes negligenciado, mas fundamental. Faixas, cones, luzes de alerta e placas de advertência delimitam o perímetro da zona de risco e orientam tanto os trabalhadores quanto terceiros.
8. Barreiras e coberturas de proteção
Usadas para conter respingos, poeira, faíscas e detritos durante serviços de corte, solda ou demolição. Além de proteger, ajudam a manter o ambiente limpo e organizado.
9. Sistemas de ventilação e exaustão
Em ambientes confinados ou com presença de gases, os EPCs também incluem ventiladores e exaustores, que renovam o ar e reduzem riscos de asfixia ou explosão.
10. Planejamento e controle de acesso
Por fim, um EPC “organizacional”: o planejamento do acesso e da circulação em áreas de altura. Escadas, andaimes e plataformas devem ser projetados para suportar a carga de pessoas e materiais, evitando improvisos e garantindo fluidez operacional.

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