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Como calcular o ponto de ancoragem: requisitos legais

Como calcular o ponto de ancoragem: requisitos legais

Levando em conta todas as normas que regulam o trabalho em altura no território brasileiro, a análise de risco é provavelmente a mais importante para a integridade e segurança dos profissionais envolvidos. Isso abrange checar o nível de eficiência dos sistemas de ancoragem acima de tudo – o que inclui o cálculo dos pontos de ancoragem no perímetro da obra, particularmente quando se trata da sua resistência.

Mas como calcular o ponto de ancoragem no trabalho em altura?

É isso que veremos hoje. Continue comigo para descobrir os detalhes por trás dessa matemática e como assegurar a equipe de trabalhadores!

O que entra no cálculo dos pontos de ancoragem

O ponto de ancoragem é uma estrutura fixa ou móvel instalada em edifícios ou outras superfícies para acoplar cabos, talabartes e cordas – que juntos suportam as cargas geradas pelo peso do trabalhador e forças de impacto, assim evitando quedas e lesões graves.

Por sustentar os equipamentos de proteção individual (EPIs) e distribuir a força em caso de queda, o sistema de ancoragem como um todo é bastante utilizado no ramo da construção civil em projetos como andaimes, limpeza de fachadas e manutenção de telhados, entre outros.

De acordo com a NR 35 (Trabalho em Altura), cada ponto de ancoragem deve suportar no mínimo:

  • 1500 kgf (15 kN) por trabalhador.
  • 2200 kgf (22 kN) se utilizado por dois trabalhadores simultaneamente.

Veja bem: esses valores garantem uma margem de segurança em situações de queda! É importante notar que esse cálculo desconsidera o peso do trabalhador individual, priorizando a resistência mínima necessária para qualquer situação.

Pontos de ancoragem para trabalho em altura

Como calcular o ponto de ancoragem (resistência)

A carga mínima do ponto de ancoragem deve ser 15 vezes o peso do trabalhador para garantir a resistência contra forças de impacto.

Exemplo: Um trabalhador de 80 kg requer um ponto que suporte 1200 kg.

Apesar disso, a norma NR 35 já exige uma resistência mínima de 1500 kgf por ponto, mesmo que o cálculo básico indique valores menores. Por sua vez, o fator de queda (temos um guia completo sobre isso aqui) é calculado com a seguinte fórmula:

Fator de Queda = Comprimento do Talabarte / Altura da Queda​

  • Fator 1: O ponto de ancoragem está na altura do talabarte esticado (no ombro do trabalhador).
  • Fator 2: O ponto de ancoragem está abaixo do talabarte (aumenta o impacto em caso de queda).

A nossa recomendação é que você instale o ponto de ancoragem na altura do ombro ou acima para minimizar o impacto da queda. O ponto deve ser posicionado suficientemente alto para evitar que o trabalhador entre em contato com o chão ou com obstáculos, como:

  • Estruturas metálicas;
  • Coberturas e telhados;
  • Fiações elétricas.
Treinamento para trabalho em altura

Não perca: Quem pode dar treinamento para trabalho em altura?

E quanto aos materiais e locais de fixação?

Um outro fator que entra no cálculo dos pontos de ancoragem são as diferentes superfícies em que podem ser instalados – como concreto ou metal. Eles devem ser fabricados com materiais que garantam durabilidade e resistência, como:

  • O aço galvanizado, que resiste à corrosão em ambientes externos.
  • Aço inoxidável, que é ideal para ambientes expostos a intempéries ou alta umidade.

A fixação deve ser analisada previamente por profissionais para garantir compatibilidade com o tipo de superfície e o serviço – até porque existem subclassificações nessa história. A classificação brasileira dos sistemas de ancoragem segue padrões internacionais, como a EN 795, e se divide em:

  • Tipo A1: Fixado em superfícies planas e estáveis.
  • Tipo A2: Projetado para telhados ou planos inclinados.
  • Tipo B: Temporários e provisórios; desinstalados após o serviço.
  • Tipo C: Usados em linhas flexíveis de ancoragem (cordas) com inclinação inferior a 15°.
  • Tipo D: Para linhas de ancoragem rígidas, também com inclinação máxima de 15°.
Treinamento e cálculo para trabalhos em altura

Nós podemos te ajudar além do cálculo dos pontos de ancoragem!

Ao se tratar de trabalhos em altura, nós somos uma das principais referências no mercado. Com uma vasta experiência e especialização no setor, somos reconhecidos por nossa capacidade de realizar desde projetos complexos de ancoragem até treinamentos específicos, sempre com a máxima prioridade à segurança dos trabalhadores!

Nossa atuação abrange diversos serviços, incluindo instalação de sistemas de ancoragem, resgates, manutenções em altura e, claro, a realização de treinamentos de segurança. A Mostaza Ancoragem segue à risca as normas regulamentadoras, como a NR-35, garantindo não apenas a conformidade legal como também a implementação das melhores práticas de segurança e eficiência.

Conosco, você está escolhendo uma empresa que se dedica a fornecer soluções completas e personalizadas para a sua obra, oferecendo a garantia de um serviço realizado com qualidade, segurança e no prazo! Portanto, se você busca garantir que seus projetos e operações em altura sejam realizados com a máxima segurança e expertise, entre em contato conosco

Estamos prontos para lhe fornecer o suporte necessário – seja em projetos de grande porte, como serviços de ancoragem e resgate, ou no treinamento especializado para sua equipe.

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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