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Veja como usar o trole para linha de vida e ancoragem

Veja como usar o trole para linha de vida!

De acordo com as Normas Regulamentadoras, é considerado trabalho em altura toda e qualquer atividade realizada acima de dois metros do solo, em local que apresenta risco relevante de queda livre. Para amenizar potenciais ameaças à vida do trabalhador – dada a enorme recorrência de acidentes fatais no Brasil – são usados EPCs como o trole para linha de vida, também regulado por lei vigente e obrigatório por parte da empresa responsável pelo sistema de segurança, desde um canteiro de obras até a simples manutenção de um telhado.

Neste artigo, veja como o trole para linha de vida atua junto ao restante do sistema de segurança no trabalho em altura – e como uma empresa preparada faz toda a diferença na hora de planejar o seu próximo projeto!

Não perca: Principais procedimentos de segurança no trabalho em altura 

O que é o trole para linha de vida?

O trole para linha de vida é um dispositivo móvel que se desloca ao longo de um cabo de aço ou trilho rígido, servindo como ponto de ancoragem para o trabalhador durante a execução de atividades em altura. Em outras palavras: é o componente que permite que você se mova livremente pela estrutura sem jamais se desconectar do sistema de segurança.

Ele trabalha em conjunto com o trava-quedas (normalmente retrátil), garantindo que, mesmo com deslocamentos ao longo da cobertura, fachada ou estrutura metálica, haja proteção contínua. Em caso de queda, o trole suporta e distribui as forças geradas, permitindo que o trava-quedas atue de forma eficaz.

Tipos de trole para linha de vida

Por ser parte de um Sistema de Ancoragem completo, o trole também está sujeito a normas como a NR-35 (trabalho em altura) e a NBR 16325 (sistemas de ancoragem). Essas normas determinam requisitos de resistência, compatibilidade, inspeção e desempenho do conjunto – e é por isso que a escolha e a instalação do trole nunca devem ser feitas sem projeto técnico.

Tipos de trole para linha de vida

Existem diferentes modelos de trole, cada um pensado para um tipo de linha de vida e necessidade operacional. Os principais são:

1. Trole para linha de vida rígida (trilho metálico)

Usado em sistemas onde a linha de vida é um trilho fixo – normalmente perfis metálicos como I, W ou trilhos dedicados.

  • Possui rodas ou roldanas com rolamentos para deslizar suavemente.
  • Costuma ser construído em aço carbono ou inox (para ambientes agressivos).
  • Pode ter sistemas anti-queda ou anti-deslocamento acidental.

Aplicações indicadas: galpões industriais, estruturas metálicas, pontes rolantes, áreas internas com deslocamento horizontal extenso.

2. Trole para linha de vida flexível (cabo de aço)

Específico para sistemas horizontais montados em cabos de aço tensionados.

  • As roldanas abraçam o cabo e deslizam sem travamentos.
  • São robustos e compatíveis com diferentes diâmetros de cabo (geralmente entre 8 e 12 mm).

Aplicações indicadas: telhados, beirais, fachadas de galpões, manutenção de coberturas e silos.

3. Trole para viga I (beam trolley)

Muito usado em estruturas industriais.

  • Corre diretamente sobre o banzo de uma viga I.
  • Serve como ponto de ancoragem móvel ou como suporte para movimentar equipamentos.

Aplicações indicadas: indústrias, áreas de montagem e manutenção, galpões com estrutura metálica exposta.

Como ele se comporta com os demais EPCs no trabalho em altura

Veja como usar o trole para linha de vida!

Cada um desses tipos exige compatibilidade com o restante do sistema para evitar esforços indevidos, travamentos e riscos de ruptura – especialmente com o trava-quedas e com o dimensionamento estrutural da linha.

Isso quer dizer que nenhum trole atua sozinho; o equipamento é apenas uma parte dos componentes de um sistema maior, que visa deixar o trabalho em altura realmente seguro. Entre os EPCs e elementos que compõem o sistema, podemos destacar:

  • Linha de vida (horizontal ou vertical): fornece o caminho no qual o trole se desloca.
  • Trava-quedas retrátil: conectado ao trole, é responsável por deter a queda.
  • Pontos de ancoragem estruturais: fixam o cabo ou trilho, absorvendo parte das cargas.
  • Amortecedores de energia: reduzem o impacto gerado durante uma queda.
  • Escadas marinheiro, guarda-corpos e plataformas: complementam o ambiente para reduzir riscos adicionais.

Quando todos esses elementos são projetados em conjunto, o trole cumpre o seu papel: manter o trabalhador seguro sem limitar a mobilidade. Qualquer solução isolada – sem integração, sem projeto e sem certificação – acaba aumentando o risco, e não reduzindo.

Essa interdependência nos leva à próxima etapa: a instalação correta.

Como instalar o trole para linha de vida

A instalação do trole varia conforme o tipo de linha de vida, mas alguns princípios gerais sempre se aplicam.

1. Verifique a compatibilidade

Antes de qualquer coisa, confirme se o trole é adequado ao:

  • tipo de linha (cabo ou trilho),
  • diâmetro do cabo,
  • esforço previsto,
  • equipamento de conexão (trava-quedas, talabarte, mosquetão),
  • ambiente (interno, externo, corrosivo).

O conjunto deve seguir o projeto técnico e as recomendações da NBR 16325.

2. Monte ou encaixe o trole na linha

  • Em linhas flexíveis: o trole é aberto, encaixado no cabo e fechado com sistema de segurança.
  • Em trilhos rígidos: as rodas são posicionadas nos flanges e travadas com parafusos de segurança.
  • Em vigas I: é ajustado de acordo com a largura da viga e posicionado no banzo de forma firme e nivelada.

3. Conecte o trava-quedas

O trava-quedas deve ser preso ao olhal inferior do trole. Nunca conecte diretamente o talabarte ao cabo ou ao trilho – isso viola normas e compromete a absorção de energia.

4. Teste o deslocamento

Antes de liberar o acesso ao trabalhador:

  • deslize o trole por toda a extensão da linha;
  • verifique se não há travamentos, desalinhamentos ou pontos de atrito;
  • certifique-se de que o cabo ou trilho está tensionado conforme projeto.

5. Faça inspeções periódicas

A NR-35 exige inspeções regulares – como você pode ler neste nosso guia completo. Avalie:

  • roldanas e rolamentos,
  • corrosão,
  • parafusos e travas,
  • deformações na estrutura.

Qualquer dano exige substituição imediata.

Trole para linha de vida

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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