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Tipos de treinamento para trabalho em altura: guia completo

Treinamento para trabalho em altura

O treinamento para trabalho em altura é obrigatório no Brasil – e está previsto na NR 35 do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa norma regulatória refere-se a qualquer atividade realizada acima de dois metros, o que abrange praticamente 90% de todas as obras de construção do mundo moderno, em especial as urbanas. Se você está envolvido nesse ramo, conhecer os detalhes por trás desse processo é imprescindível para proteger a vida dos trabalhadores e garantir a produtividade de um projeto.

E esse é o artigo que você procura para ficar por dentro disso. Continue conosco para aprender tudo sobre o treinamento para trabalho em altura – e por onde começar.

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O que saber do treinamento para trabalho em altura

O treinamento para trabalho em altura visa capacitar os profissionais dessa área com conhecimentos teóricos e práticos que, no fim do dia, são mais do que essenciais para evitar acidentes e garantir a segurança durante as suas atividades fora do chão.

Essas atividades incluem qualquer trabalho realizado em locais elevados – como andaimes, telhados, torres, plataformas e escadas – onde existe o risco de queda, podendo resultar em lesões graves ou, nos piores casos, até fatais. Portanto, é crucial que todos os trabalhadores de uma obra recebam a instrução apropriada, o que começa pela iniciativa do empregador.

Treinamento para trabalho em altura

Esse treinamento é vital para prevenir acidentes, proteger a integridade física dos trabalhadores e assegurar que as empresas cumpram as exigências legais. Ao aumentar a conscientização sobre os riscos e oferecer diretrizes práticas para uma execução segura, isso contribui para um ambiente mais saudável e empenhado, uma vez que as pessoas podem se movimentar livremente sem preocupações de cair.

Os tipos de treinamento podem variar de empresa para empresa, mas a estrutura seguida é basicamente sempre a mesma, como prevista na NR 35. Ela é composta por cargas horárias de:

A importância do treinamento correto

Vamos colocar esses pontos em perspectiva por um momento. Afinal, a relevância desse tipo de medida não pode ser subestimada.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Fundacentro, do Governo Federal, o trabalhador que mais se acidenta nesses cenários é o servente – representando 24,8% dos óbitos entre os anos de 2005 a 2008. Durante esse mesmo período, as quedas representaram 23% dos acidentes de trabalho.

O estudo ainda mostrou números assustadores de acidentes fatais no município de São Paulo no início de 2016; na época, foram 3 acidentes fatais, sendo 2 por queda e 1 por desabamento/soterramento. No ano de 2015, foram registrados 9 acidentes fatais, 1 a menos do que em 2015, onde 10 trabalhadores perderam a vida por conta dos mesmos motivos.

Qual é a NR do trabalho em altura?

E não é só a morte que está em jogo, infelizmente. Outras consequências de um acidente no expediente incluem:

  • Escoriações e lesões por choques mecânicos;
  • Amputações por cortes ou batidas graves que infeccionam;
  • Queimaduras por choques elétricos;
  • Etc.

Quem pode exercer e monitorar o treinamento para trabalho em altura?

O treinamento da NR-35 deve ser conduzido por profissionais qualificados e devidamente habilitados, com sólido conhecimento técnico e prático em segurança para trabalhos em altura, como nós aqui da Mostaza Ancoragem. A seleção de instrutores experientes e competentes é essencial para garantir a transmissão correta das informações aos participantes, ainda mais se a equipe for grande.

De toda forma, as qualificações exigidas para ministrar essas aulas podem variar conforme as exigências legais locais, bem como as necessidades específicas de cada empresa. Contudo, é comum que os instrutores atendam a alguns requisitos, tais como:

Formação acadêmica

É preferível que os instrutores tenham formação em áreas como segurança do trabalho, engenharia, arquitetura e afins. Essa base acadêmica fornece os conhecimentos técnicos necessários que serão aplicados durante o treinamento.

Experiência profissional

Claro, é crucial que os instrutores possuam experiência prática significativa em trabalhos em altura. A vivência no campo técnico permite que eles compreendam os desafios e riscos envolvidos, além de compartilhar exemplos reais e práticas seguras com os participantes.

Certificações específicas

Existem certificações específicas voltadas para a segurança em trabalhos em altura – como o curso de Instrutor de Trabalho em Altura. Essas certificações atestam que o instrutor tem o conhecimento necessário para ministrar o treinamento de acordo com as normas vigentes.

Treinamento para trabalho em altura

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Mas, afinal, como realizar um bom treinamento para trabalho em altura?

Se você pretende planejar um cronograma pessoal para administrar esse procedimento, saiba que existem alguns elementos fundamentais que contribuem aqui: personalização, escalabilidade, engajamento, clareza didática, acessibilidade e responsividade, entre outros.

A recomendação é que você conte com uma empresa especializada nisso ou contrate alguém de fora para guiá-lo na primeira vez, mas podemos lhe dar umas dicas valiosas de antemão. Veja no que consiste um bom treinamento:

  • Personalizável: A possibilidade de editar o treinamento permite que as empresas ajustem o conteúdo conforme suas necessidades específicas. Afinal, cada ambiente de trabalho tem características, riscos e procedimentos próprios, e a personalização do treinamento permite que ele aborde, de maneira mais precisa, os perigos e as práticas de segurança particulares de cada local.
  • Escalável: O treinamento deve ser adaptável a diferentes contextos – assim atendendo a empresas de vários portes e equipes de diferentes tamanhos. Isso significa que ele pode ser aplicado a diversos grupos, em diferentes locais e com cronogramas variados. A escalabilidade garante que mais pessoas sejam treinadas de maneira eficaz, sem perda de qualidade.
  • Envolvente: Manter os participantes interessados é essencial para o sucesso do treinamento. Para isso, é importante usar recursos interativos como vídeos, simulações, estudos de caso e atividades práticas que prendem a atenção. Esses elementos tornam o aprendizado mais dinâmico e interessante, melhorando a retenção das informações.
  • Clareza didática: O treinamento precisa ser estruturado de forma organizada e fácil de entender; os conceitos teóricos devem ser apresentados de maneira acessível, utilizando uma linguagem simples e exemplos práticos. Além disso, é importante que o conteúdo esteja bem ordenado, particularmente quando se trata dos procedimentos de segurança.
  • Responsivo: Por fim, os participantes devem ter a flexibilidade de acessar o conteúdo em qualquer lugar e a qualquer momento, seja em computadores, tablets ou smartphones. Nos dias de hoje, isso facilita o acesso e permite que cada pessoa participe do treinamento conforme sua disponibilidade!
Como colocar o cinto de segurança no trabalho em altura
O uso correto do cinto de segurança e do cabo de aço faz parte desse treinamento.

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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