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Como colocar o cinto de segurança no trabalho em altura

Como colocar o cinto de segurança no trabalho em altura

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) assumem um papel primordial na eficácia e na integridade de uma obra, garantindo uma movimentação livre e segura de trabalhadores nas suas atividades diárias. De acordo com a NR-35 (leia o nosso guia completo aqui), qualquer operação realizada acima de dois metros do chão já obriga a adoção de medidas contra quedas acidentais – e isso, claro, inclui o cinto de segurança nos pontos de ancoragem. Mas você sabe como colocar o cinto de segurança no trabalho em altura?

Continue lendo este artigo para descobrir como o cinto de segurança deve ser acoplado ao corpo dos trabalhadores, bem como os diferentes tipos de equipamentos encontrados nesse procedimento.

Aproveite e veja também: Como calcular linha de vida e fator de queda

Como colocar o cinto de segurança no trabalho em altura

Pode parecer um ato simples e autoexplicativo, mas muita gente acaba fazendo errado – portanto comprometendo não só a vida de uma pessoa como também a produtividade de uma obra inteira. Dadas as estatísticas de episódios trágicos no trabalho em altura, a inspeção e manutenção de cada acessório e componente devem ser seguidas com cautela e de acordo com os regulamentos legais, algo que começa com o cinto de segurança.

O cinto de segurança conecta o trabalhador à linha de vida e aos múltiplos pontos de ancoragem instalados pelo recinto. Como regra, ele sempre é usado juntamente com o talabarte e/ou trava-quedas, como veremos a seguir.

Como colocar o cinto de segurança no trabalho em altura

PASSO 1: INSPEÇÃO INICIAL

  • Certifique-se de que as fitas não apresentam desfiamentos, fios rompidos, furos, cortes ou queimaduras. Elas também não devem ter sido expostas a produtos químicos, que podem comprometer a integridade das fibras.
  • Verifique as argolas e outros componentes metálicos, buscando sinais de oxidação, deformação ou qualquer outro dano que possa comprometer a segurança.
  • Caso o cinto tenha um indicador de queda, certifique-se de que ele não esteja rompido. Se estiver, o cinto deve ser imediatamente retirado de uso.

PASSO 2: COLOCAÇÃO DO CINTO DE SEGURANÇA

  • Antes de colocar o cinto, inspecione o talabarte, verificando a integridade das fitas e o estado do absorvedor de energia. Não use o equipamento caso o absorvedor esteja rompido, mesmo que a abertura seja pequena.
  • Vista o cinto de segurança, passando as pernas pelas alças e ajustando as tiras ao redor do peito, cintura e pernas. O cinto deve estar bem ajustado, mas sem causar desconforto.
  • Conecte o talabarte ao cinto – preferencialmente no ponto dorsal ou em um ponto de ancoragem adequado, conforme a atividade a ser realizada. Certifique-se de que o talabarte esteja corretamente preso e que não haja torções nas fitas.

PASSO 3: CONEXÃO AO PONTO DE ANCORAGEM

  • Selecione um ponto de ancoragem adequado que suporte a carga de uma eventual queda. Esse ponto pode ser fixo ou móvel, dependendo da natureza do trabalho.
  • Se o trabalho for vertical (como em andaimes suspensos ou carga e descarga de caminhões), conecte o trava-quedas ao ponto de ancoragem e ao cinto de segurança. Verifique se o dispositivo está corretamente posicionado e pronto para bloquear uma possível queda.

PASSO 4: INSPEÇÃO FINAL

  • Faça uma revisão final de todo o equipamento, certificando-se de que todas as conexões estão firmes e que o cinto está corretamente ajustado ao corpo.
  • Realize movimentos suaves para garantir que o cinto e o talabarte não estão limitando sua mobilidade, mas que estão prontos para agir em caso de necessidade.

PASSO 5: ARMAZENAMENTO

  • Após o uso, higienize o cinto de segurança conforme as instruções da empresa parceira, removendo qualquer sujeira acumulada para evitar o desgaste das fitas.
  • Guarde o cinto pela sua argola dorsal em um local seco e protegido de substâncias químicas ou de condições que possam acelerar o desgaste do material.
Tipos de cintos de segurança no trabalho em altura

Os diferentes cintos de segurança para trabalho em altura

Nosso tutorial cobre uma abordagem mais genérica e regrada desses EPIs, mas a verdade é que existem certas variações de cinto no mercado que atendem a necessidades específicas. No mercado, você encontrará o termo “cinto paraquedista” jogado com bastante frequência – e isso se dá porque esse é o modelo mais utilizado e recomendado por profissionais da área, como nós aqui da Mostaza Ancoragem.

Para colocar tais recursos em perspectiva, listamos abaixo os 5 principais tipos de cinto de segurança no trabalho em altura. Use-os de referência quando for investir em seu próximo projeto.

Cinto Paraquedista com 1 Ponto de Conexão

Utilizado para retenção de quedas em atividades em altura e é ideal para ser usado com Talabarte em Y, Trava-Quedas para corda ou Trava-Quedas Retrátil. Possui uma argola “D” dorsal e/ou peitoral para conexão.

Cinto com Ponto de Conexão Lateral

Mantém o trabalhador posicionado e com as mãos livres, especialmente em tarefas que exigem estabilidade e precisão. Usado especialmente com Talabarte de Posicionamento, possui argolas laterais que proporcionam apoio na região lombar.

Cinto para Espaço Confinado com Alças nos Ombros

Facilita o acesso e o resgate em espaços confinados e é utilizado com trapézio para movimentação em espaços confinados. Aqui, as alças nos ombros permitem a conexão com dispositivos de resgate.

Cinto para Acesso por Cordas

Sustenta o trabalhador em atividades realizadas com o uso de cordas, como resgate e alpinismo industrial. Ele é ideal para trabalhos que envolvem descida e subida por cordas pelo fato de possuir múltiplos pontos de conexão a depender do modelo, garantindo máxima segurança e mobilidade.

Cinto para Trabalho a Quente

Protege o trabalhador em atividades expostas ao calor, fogo ou solda – ou seja, é projetado para resistir a altas temperaturas. A forma de conexão pode variar, mas geralmente possui reforços específicos para resistir a condições térmicas extremas.

Pontos de ancoragem para trabalho em altura

Dicas extras para escolher os modelos certos

O fato é que os cintos de segurança no trabalho em altura devem sempre ser selecionados com base na atividade específica a ser realizada e nos riscos envolvidos. Veja a seguir alguns exemplos de acessórios que você pode priorizar em certos cenários:

  • A argola “D” dorsal e peitoral conecta dispositivos de retenção de quedas, como talabartes ou trava-quedas;
  • As argolas laterais conectam talabartes de posicionamento, permitindo que o trabalhador tenha as mãos livres e apoio lombar;
  • As alças nos ombros são usadas para acoplar o trapézio em atividades realizadas em espaços confinados, como resgates.

Reiteramos aqui que a inspeção regular do equipamento é crucial para evitar problemas fatais e legais, independentemente da sua escolha. No fim do dia, o cinto de segurança no trabalho em altura precisa ter alta qualidade e resistência para assegurar a segurança e o conforto do colaborador na realização das suas atividades a todo momento. Por conta disso, é importante atentar-se aos demais princípios de segurança desse EPI, incluindo:

  • A observação da NBR 15.836/2010, que define as exigências mínimas de configuração e projeto para que o cinturão seja eficaz;
  • Testes de segurança, pois o EPI deve ser aprovado em testes de tenacidade, resistência mecânica a impactos e à oxidação a partir de procedimentos reconhecidos pelo Inmetro;
  • Certificado de Aprovação (CA), pois o equipamento também precisa contar com um CA válido emitido pelo MTE.

Leia também: Quanto custa um projeto de linha de vida?

Conte com a nossa equipe de profissionais!

A Mostaza Ancoragem é uma empresa especializada em engenharia de segurança em altura, oferecendo soluções completas e personalizadas para garantir a proteção dos trabalhadores em atividades verticais. Com mais de 30 anos de experiência em metalurgia, a gente se destaca pela excelência na fabricação, instalação e manutenção de sistemas de ancoragem e linhas de vida.

Trabalho em altura

Nossos serviços incluem:

  1. Instalação de Linha de Vida: Oferecemos soluções de linha de vida que atendem a todos os requisitos de segurança contra quedas, incluindo memorial de cálculo e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
  2. Projetos de Linha de Vida: Executamos projetos completos de segurança em altura, em conformidade com as normas brasileiras de ancoragem (NBR), garantindo alta qualidade e performance.
  3. Produtos Individuais: Além de projetos completos, oferecemos produtos individuais como pontos de ancoragem, linhas de vida vertical e horizontal e escadas de marinheiro.

Está pronto para garantir a segurança dos seus trabalhadores em atividades de altura? Entre em contato ainda hoje!

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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