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Principais acidentes no trabalho em altura: como preveni-los

Acidentes no trabalho em altura

O trabalho em altura é estritamente regulado no Brasil por um motivo simples: esse ramo de atividade é muito perigoso. Um estudo do antigo Ministério do Trabalho e da Revista Proteção mostra que, no país, 40% de todos os acidentes anuais ocorrem por conta de quedas durante o expediente – e medidas preventivas, a começar pela lei expressa na Norma Regulatória 35 (NR 35), passaram a ser implementadas ao passo que a urbanização moderna tomou proporções imensas nos últimos sessenta anos. Esses acidentes no trabalho em altura podem levar desde ferimentos leves até fatalidades, sendo papel do coordenador da equipe contratada assegurar a integridade estrutural da obra.

Este é o artigo que você procura para entender quais são os riscos envolvidos e a importância de tomar a cautela necessária para evitá-los. Continue conosco!

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Quais são os principais acidentes no trabalho em altura?

Principais acidentes no trabalho em altura

Qualquer atividade exercida acima de dois metros de altura já entra nessa categoria. Pode não parecer muita coisa, mas o corpo humano é mais frágil do que aparenta – e fatores adjacentes podem contribuir para um cenário bem feio, tais como:

  • Falta de capacitação dos colaboradores;
  • Planejamento inadequado;
  • Falta de equipamentos de segurança;
  • Falta de inspeção dos equipamentos;
  • Falta de comunicação;
  • Excesso de confiança;
  • Carga horária excessiva;
  • Correria e pressão;

Acidentes graves que decorrem desses episódios durante uma obra, por exemplo, podem causar fraturas, luxações, amputações e outros ferimentos similares, em muitos até provocando a morte do trabalhador. Abaixo, detalhamos alguns deles para você.

Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço e sem proteção

A ausência de barreiras de segurança, como escadas marinheiro ou redes de proteção, aumenta o risco de quedas quando o trabalhador se aproxima de extremidades sem ancoragem adequada. Isso pode ser causado por distração, falta de treinamento ou mau planejamento do espaço de trabalho.

Falta ou falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção

Dispositivos de segurança, como cabos de aço, cintos ou sistemas de ancoragem, quando ausentes ou defeituosos, elevam o risco de queda. A manutenção inadequada ou a instalação incorreta também contribuem significativamente para falhas nesses sistemas.

Utilizar um método de trabalho inseguro

O uso de práticas impróprias ou improvisadas, como não seguir protocolos de segurança, utilizar equipamentos inadequados ou apressar o serviço, aumenta as chances de acidentes. Métodos de trabalho inseguros podem surgir da pressão por prazos curtos ou da falta de supervisão qualificada.

Contato acidental com condutores da rede elétrica

A proximidade a fios energizados sem a devida proteção e planejamento pode resultar em choques elétricos graves ou fatais. Isso é particularmente perigoso em atividades de construção e manutenção, onde trabalhadores lidam com ferramentas metálicas e andaimes que podem entrar em contato com linhas de alta tensão.

Trabalhador não apto ao trabalho em altura

Funcionários que não passaram por treinamentos adequados, que possuem condições médicas que comprometem o equilíbrio ou a resistência física, ou que não têm experiência suficiente para trabalhar em altura estão mais propensos a acidentes. A avaliação regular da aptidão física e psicológica é essencial.

Acidentes que envolvem escadas

Quedas ao subir ou descer escadas são comuns quando estas não estão devidamente fixadas, quando são usadas de forma incorreta ou quando não estão ajustadas ao nível do piso. Falta de atenção, pressa ou o transporte de materiais pesados podem agravar esses acidentes.

Montagem inadequada de andaimes

Andaimes mal montados, sem verificação dos suportes, base e ancoragem, podem desabar, colocando em risco os trabalhadores que os utilizam e aqueles que estão abaixo. Além disso, o uso de peças danificadas ou de materiais de baixa qualidade aumenta o risco de colapso.

Operação incorreta de plataformas elevatórias

Falhas na operação de plataformas elevatórias podem causar quedas ou a inclinação da máquina. Isso pode ser consequência da falta de treinamento, sobrecarga do equipamento ou da utilização em superfícies irregulares ou instáveis.

Queda de materiais em colaboradores exercendo atividade em solo

Durante o trabalho em altura, é comum o manuseio de ferramentas e materiais que, se caírem durante o movimento, podem ferir gravemente os trabalhadores no solo. A falta de proteção coletiva, como telas ou tapumes, e a ausência de sinalização adequada aumentam esse risco.

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Estatísticas de acidentes no trabalho em altura

Podemos dissecar os dados que demos na introdução deste artigo em informações ainda mais relevantes para entender a importância de um trabalho em altura seguro e controlado – de preferência, realizado por uma equipe profissional. Veja só:

  • A construção civil é o setor com maior número de quedas, sendo responsável por 65% desses acidentes; os outros 35% ocorrem em setores diversos.
  • Das quedas que ocorrem na construção civil, 74% resultam em mortes, enquanto apenas 26% das vítimas sobrevivem (muitas vezes com sequelas).
  • Em 80% dos casos, as quedas acontecem pela falta de uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); os outros 20% são causados por falhas nos EPIs.
  • A maioria dos acidentes com quedas acontece em alturas entre 3 e 9 metros.
  • Em 2021, o Brasil registrou, em média, 1.100 acidentes de trabalho por dia, totalizando 423.217 acidentes no ano.
  • No mesmo ano, 1.694 trabalhadores perderam a vida devido a acidentes de trabalho.

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O que a NR 35 prevê para prevenir acidentes no trabalho em altura

Como mencionamos, a NR-35 é a Norma Regulamentadora que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção referentes ao nicho aqui no Brasil. Publicada em 2012 pela Portaria n° 313 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), essa norma visa garantir a segurança e a saúde dos colaboradores envolvidos – assim prevenindo os acidentes no trabalho em altura.

Qual é a NR para trabalho em altura?

Os seus 7 pilares são os seguintes:

  1. Planejamento das atividades: Define as tarefas a serem realizadas em altura, com orçamentos e ferramentas necessárias; a NR 35 organiza as atividades para minimizar riscos e designa responsáveis pela execução e supervisão.
  1. Análise de riscos: Avalia o ambiente, identifica perigos (como quedas ou choques elétricos) e define medidas preventivas, como uso de EPIs adequados.
  1. Medidas de proteção: Envolve proteções coletivas (como guarda-corpos e redes de segurança) e individuais (cintos, capacetes), além de sistemas de ancoragem e procedimentos operacionais seguros.
  1. Treinamento e capacitação: Treinamento teórico e prático em segurança, reciclagem periódica e simulações de emergência para preparar os trabalhadores para resgates e primeiros socorros. Leia o nosso guia completo sobre isso aqui.
  1. Obrigações do empregador: O chefe da equipe deve fornecer EPIs e medidas de proteção, bem como supervisionar atividades e garantir treinamentos de modo a desenvolver planos de emergência para resgates.
  1. Direitos do empregado: O trabalhador tem o direito de recusar atividades inseguras, ter acesso a EPIs, acompanhamento médico regular e ser informado sobre os riscos das atividades.
  1. Documentos em arquivo: Por fim, a empresa deve manter registros atualizados de análise de risco, inspeções, treinamentos, permissões de trabalho e certificados de saúde ocupacional para fins legais.

É claro que o escopo completo da legislação abrange inúmeros outros detalhes – portanto o correto é consultar empresas especializadas nesse tipo de serviços antes de qualquer coisa. Profissionais do ramo, como nós, serão capazes de providenciar um panorama geral do seu projeto, acompanhando toda a operação do início ao fim em conformidade com a lei.

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About Cícero Moraes

Sou engenheiro de segurança do trabalho com mais de 12 anos de experiência em gestão de risco, treinamento e desenvolvimento de pessoas. Minha trajetória é marcada pela dedicação em criar ambientes de trabalho seguros e eficientes. Ao longo dos anos, desenvolvi e implementei estratégias robustas para identificar e mitigar riscos, além de liderar treinamentos que promovem uma cultura de prevenção e conscientização sólida de segurança em altura. Comprometido em transformar a segurança no ambiente de trabalho e com as melhores práticas durante a execução das atividades, estou sempre buscando soluções inovadoras e eficazes para garantir a integridade e o bem-estar da equipe, por meio de boas práticas com o uso e a conservação dos EPIs.

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